quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015
o olhar do operário de Vinícius de Moraes
No poema,O operário,Vinícius de Moraes,mostra que o trabalhador não consegue enxergar o valor das suas obras,de tudo que construía,vivia em uma alienação.O texto é bem claro.Só toma consciência quando começa a usar a palavra NÃO.
Diz NÃO ,a exploração interessante que quando começa a ter consciência de quem ele é,no mesmo momento percebe a importância do seu trabalho.
Seria bastante interessante quando o trabalhador brasileiro percebesse o valor das coisas que faz,oquanto vale seus serviços e o seu voto.É claro,que uma grande mudança comportamental notaríamos,patrões seriam mais cautelosos ,políticos menos corruptos,governos respeitaria aposição de cada cidadão na sociedade.
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015
Operário em construção- Vinícius de Moraes
Era ele que erguia casas
Onde antes só havia chão.
Como um pássaro sem asas
Ele subia com as casas
Que lhe brotavam da mão.
Mas tudo desconhecia
De sua grande missão:
Não sabia,por exemplo
Que a casa de um homem é um templo
Um templo sem religião
Como tampouco sabia
Que a casa que ele fazia
Sendo a sua liberdade
Era a sua escrevidão.
De fato,como podia
Um operário em construção
Compreender porque um tijolo
Valia mais do que um pão?
Tijolos ele empilhava
Com pá,cimento e esquadria
Quanto ao pão,ele o comia...
Mas fosse comer tijolo!
E assim o operário ia
Com suor e com cimento
Erguendo uma casa aqui
Adiante um apartamento
Além uma igreja,á frente:
Um quartel e uma prisão
Prisão de que sofreria
Não fosse,eventualmente
Um operário em construção
Mas ele desconhecia
Esse fato extraordinário
Que o operário faz a coisa
E a coisa faz o operário
De forma que,certo dia
À mesa,ao cortar o pão
O operário foi tomado
De uma súbita emoção
Ao constatar assombrado
Que tudo naquela mesa
_Garrafa,prato,facão-
Era ele quem os fazia
Ele, um humilde operário,
Um operário em construção.
Olhou em torno gamela
Banco,enxerga,caldeirão
Vidro,parede,janela
Casa,cidade,nação!
Tudo,tudo o que existia
Era ele quem o fazia
Ele,um humilde operário
Um operário que sabia
Exercer a profissão
Ah,homens de pensamentos
Não sabereis nunca o quanto
Aquele humilde operário
Soube naquele momento!
Naquela casa vazia
Que ele mesmo levantara
Um mundo novo nascia
De que sequer suspeitava
O operário emocionado
Olhou sua própria mão
Sua rude mão de operário
De operário em construção
E olhando bem para ela
Teve um segundo a impressão
De que não havia no mundo
Coisa que fosse mais bela
Foi dentro da compreensão
Desse instante solitário
Que,tal sua construção
Cresceu também o operário
Cresceu em alto e profundo
Em largo e no coração
E como tudo que cresce
Ele não cresceu em vão
Pois além do que sabia
_Exercer a profissão-
O operário adquiriu
Uma nova dimensão:
A dimensão da poesia
E um fato novo se viu
Que a todos admirava:
O que o operário dizia
Outro operário escutava.
E foi assim que o operário
Do edifício em construção
Que sempre dizia sim
Começou a dizer não.
E aprendeu a notar coisas
A que não dava atenção:
Notou que sua marmita
Era o prato do patrão
Que sua cerveja preta
Era o uísque do patrão
Que o casebre onde morava
Era a mansão do patrão
Que o casebre onde morava
Era a mansão do patrão
Que seus dois pés andarilhos
Eram as rodas do patrão
Que eu dureza do seu dia
ra a noite do patrão
Que sua imensa fadiga
Era amiga do patrão.
E o operário disse: Não!
E o operário fez-se forte
Na sua resolução.
Como era de se esperar
As bocas da delação
Começaram a dizer coisas
Aos ouvidos do patrão.
Mas o patrão não queria
Nenhuma preocupação
- "Convençam-no" do contrário -
Disse ele sobre o operário
E ao dizer isso sorria.
Dia seguinte, o operário
Ao sair da construção
Viu-se súbito cercado
Dos homens da delação
E sofreu, por destinado
Sua primeira agressão.
Teve seu rosto cuspido
Teve seu braço quebrado
Mas quando foi perguntado
O operário disse: Não!
Em vão sofrera o operário
Sua primeira agressão
Muitas outras se seguiram
Muitas outras seguirão.
Porém, por imprescindível
Ao edifício em construção
Seu trabalho prosseguia
E todo o seu sofrimento
Misturava-se ao cimento
Da construção que crescia.
Sentindo que a violência
Não dobraria o operário
Um dia tentou o patrão
Dobrá-lo de modo vário.
De sorte que o foi levando
Ao alto da construção
E num momento de tempo
Mostrou-lhe toda a região
E apontando-a ao operário
Fez-lhe esta declaração:
- Dar-te-ei todo esse poder
E a sua satisfação
Porque a mim me foi entregue
E dou-o a quem bem quiser.
Dou-te tempo de lazer
Dou-te tempo de mulher.
Portanto, tudo o que vês
Será teu se me adorares
E, ainda mais, se abandonares
O que te faz dizer não.
Disse, e fitou o operário
Que olhava e que refletia
Mas o que via o operário
O patrão nunca veria.
O operário via as casas
E dentro das estruturas
Via coisas, objetos
Produtos, manufaturas.
Via tudo o que fazia
O lucro do seu patrão
E em cada coisa que via
Misteriosamente havia
A marca de sua mão.
E o operário disse: Não!
- Loucura! - gritou o patrão
Não vês o que te dou eu?
- Mentira! - disse o operário
Não podes dar-me o que é meu.
E um grande silêncio fez-se
Dentro do seu coração
Um silêncio de martírios
Um silêncio de prisão.
Um silêncio povoado
De pedidos de perdão
Um silêncio apavorado
Com o medo em solidão.
Um silêncio de torturas
E gritos de maldição
Um silêncio de fraturas
A se arrastarem no chão.
E o operário ouviu a voz
De todos os seus irmãos
Os seus irmãos que morreram
Por outros que viverão.
Uma esperança sincera
Cresceu no seu coração
E dentro da tarde mansa
Agigantou-se a razão
De um homem pobre e esquecido
Razão porém que fizera
Em operário construído
O operário em construção.
Onde antes só havia chão.
Como um pássaro sem asas
Ele subia com as casas
Que lhe brotavam da mão.
Mas tudo desconhecia
De sua grande missão:
Não sabia,por exemplo
Que a casa de um homem é um templo
Um templo sem religião
Como tampouco sabia
Que a casa que ele fazia
Sendo a sua liberdade
Era a sua escrevidão.
De fato,como podia
Um operário em construção
Compreender porque um tijolo
Valia mais do que um pão?
Tijolos ele empilhava
Com pá,cimento e esquadria
Quanto ao pão,ele o comia...
Mas fosse comer tijolo!
E assim o operário ia
Com suor e com cimento
Erguendo uma casa aqui
Adiante um apartamento
Além uma igreja,á frente:
Um quartel e uma prisão
Prisão de que sofreria
Não fosse,eventualmente
Um operário em construção
Mas ele desconhecia
Esse fato extraordinário
Que o operário faz a coisa
E a coisa faz o operário
De forma que,certo dia
À mesa,ao cortar o pão
O operário foi tomado
De uma súbita emoção
Ao constatar assombrado
Que tudo naquela mesa
_Garrafa,prato,facão-
Era ele quem os fazia
Ele, um humilde operário,
Um operário em construção.
Olhou em torno gamela
Banco,enxerga,caldeirão
Vidro,parede,janela
Casa,cidade,nação!
Tudo,tudo o que existia
Era ele quem o fazia
Ele,um humilde operário
Um operário que sabia
Exercer a profissão
Ah,homens de pensamentos
Não sabereis nunca o quanto
Aquele humilde operário
Soube naquele momento!
Naquela casa vazia
Que ele mesmo levantara
Um mundo novo nascia
De que sequer suspeitava
O operário emocionado
Olhou sua própria mão
Sua rude mão de operário
De operário em construção
E olhando bem para ela
Teve um segundo a impressão
De que não havia no mundo
Coisa que fosse mais bela
Foi dentro da compreensão
Desse instante solitário
Que,tal sua construção
Cresceu também o operário
Cresceu em alto e profundo
Em largo e no coração
E como tudo que cresce
Ele não cresceu em vão
Pois além do que sabia
_Exercer a profissão-
O operário adquiriu
Uma nova dimensão:
A dimensão da poesia
E um fato novo se viu
Que a todos admirava:
O que o operário dizia
Outro operário escutava.
E foi assim que o operário
Do edifício em construção
Que sempre dizia sim
Começou a dizer não.
E aprendeu a notar coisas
A que não dava atenção:
Notou que sua marmita
Era o prato do patrão
Que sua cerveja preta
Era o uísque do patrão
Que o casebre onde morava
Era a mansão do patrão
Que o casebre onde morava
Era a mansão do patrão
Que seus dois pés andarilhos
Eram as rodas do patrão
Que eu dureza do seu dia
ra a noite do patrão
Que sua imensa fadiga
Era amiga do patrão.
E o operário disse: Não!
E o operário fez-se forte
Na sua resolução.
Como era de se esperar
As bocas da delação
Começaram a dizer coisas
Aos ouvidos do patrão.
Mas o patrão não queria
Nenhuma preocupação
- "Convençam-no" do contrário -
Disse ele sobre o operário
E ao dizer isso sorria.
Dia seguinte, o operário
Ao sair da construção
Viu-se súbito cercado
Dos homens da delação
E sofreu, por destinado
Sua primeira agressão.
Teve seu rosto cuspido
Teve seu braço quebrado
Mas quando foi perguntado
O operário disse: Não!
Em vão sofrera o operário
Sua primeira agressão
Muitas outras se seguiram
Muitas outras seguirão.
Porém, por imprescindível
Ao edifício em construção
Seu trabalho prosseguia
E todo o seu sofrimento
Misturava-se ao cimento
Da construção que crescia.
Sentindo que a violência
Não dobraria o operário
Um dia tentou o patrão
Dobrá-lo de modo vário.
De sorte que o foi levando
Ao alto da construção
E num momento de tempo
Mostrou-lhe toda a região
E apontando-a ao operário
Fez-lhe esta declaração:
- Dar-te-ei todo esse poder
E a sua satisfação
Porque a mim me foi entregue
E dou-o a quem bem quiser.
Dou-te tempo de lazer
Dou-te tempo de mulher.
Portanto, tudo o que vês
Será teu se me adorares
E, ainda mais, se abandonares
O que te faz dizer não.
Disse, e fitou o operário
Que olhava e que refletia
Mas o que via o operário
O patrão nunca veria.
O operário via as casas
E dentro das estruturas
Via coisas, objetos
Produtos, manufaturas.
Via tudo o que fazia
O lucro do seu patrão
E em cada coisa que via
Misteriosamente havia
A marca de sua mão.
E o operário disse: Não!
- Loucura! - gritou o patrão
Não vês o que te dou eu?
- Mentira! - disse o operário
Não podes dar-me o que é meu.
E um grande silêncio fez-se
Dentro do seu coração
Um silêncio de martírios
Um silêncio de prisão.
Um silêncio povoado
De pedidos de perdão
Um silêncio apavorado
Com o medo em solidão.
Um silêncio de torturas
E gritos de maldição
Um silêncio de fraturas
A se arrastarem no chão.
E o operário ouviu a voz
De todos os seus irmãos
Os seus irmãos que morreram
Por outros que viverão.
Uma esperança sincera
Cresceu no seu coração
E dentro da tarde mansa
Agigantou-se a razão
De um homem pobre e esquecido
Razão porém que fizera
Em operário construído
O operário em construção.
Como tomar uma decisão
Você pode estar pensando em como tomar uma decisão acertada.........
Na vida,existem muitos momentos decisivos,por exemplo, a hora de escolher uma profissão,ou uma pós graduação,uma especialidade,como proceder para ter uma vida tranquila,sem sobressaltos,com quem casar,ou se vai casar ou não,etc....Poderia citar inúmeras decisões a serem tomadas,no entanto,existe maneiras de sabermos se aquilo que queremos é a coisa certa a fazer.A tomada de decisão é um função cognitiva que é exclusiva do homem,não há nenhum um outro animal que pode decidir se quer ou não agir desta ou daquela maneira,ou seja,ogato foi mia,e ele não tem escolha,apenas mia.Nosso cérebro,é organizado,em funções específicas e é o lobo frontal (aquela parte logo acima dos olhos) é onde ocorre as tomadas de decisões.
É obvio,que não quero falar sobre a anatomia cerebral,mas sim sobre como saber se a decisão é correta ou não.O comportamento de cada pessoa,seus valores morais,valores religiosos e éticos,sua nacionalidade,pesam na maneira de decidir,mas temos uma maneira de ajudar nosso cérebro a decidir-se corretamente,existe um função cerebral chamada plasticidade,que é a expansão cerebral frontal fazendo leituras diárias,estudando assuntos que não nos é familiar,e um simples exercício de mudar o trajeto corriqueiro de irmos ao trabalho e voltar,e fazer exercícios físicos.
Fica uma dica importante: A longevidade é uma virtude,e vida longa saudável é uma dádiva divina!!!
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