A SOCIEDADE GRITA:
PRECISAMOS SALVAR NOSSOS JOVENS DO CRACK
Governo, população, famílias , mães, médicos, psiquiatras, psicólogos, todos preocupados com uma droga que veio para acabar com o sossego de todos. É bem verdade, que deveríamos ter feito alguma coisa antes, com outros tipos de entorpecentes, por exemplo: a cocaína, a maconha , o álcool ,o tabaco, mas quem poderia imaginar que surgiria uma droga ainda mais mortífera, com efeitos mais desvassaladores: o crack .
Vou explicar em poucas palavras o que é, e quais os efeitos, físicos e psíquicos que o crack traz consigo, além da sensação de êxtase que dura apenas 10 minutos .Crack é uma pedra branca geralmente pesando menos de 1 grama que concentra princípios da cocaína, mas é adicionado na produção, cal, cimento, querosene, ácido sulfúrico, acetona, amônia, e soda caústica. O efeito imediato causa liberação de neurotransmissores como a dopamina e a serotonina, sendo que a sensação de euforia, prazer , irritabilidade, alterações cardiovasculares e motoras duram entre 5 a 10 minutos. Além da dependência intensa, com impacto enorme à saúde, pois o efeito é mais potente que a cocaína inalada, o crack causa: problemas neurológicos, como dor de cabeça, convulsões e derrame; alterações na produção e captação de neurotransmissores; queimaduras nos tecidos da laringe, traquéia, e dos brônquios, doenças cardíacas como isquimias, arritmia, e infarto agudo, problemas digestivos como naúsea, perda do apetite flatulências, dores abdominais e diarreia. Os efeitos psíquicos são falta de lucidez ,isso faz com que o viciado pratique pequenos roubos para manter o vício, aumento da energia, alegria, felicidade, prazer(dopamina), insônia, pode ficar até 3 dias sem dormir , pode haver alucinações pois o viciado perde a noção de realidade.O crack provoca ainda ferimentos na boca, com amolecimento dos dentes, por causa do uso contínuo do cachimbo. Por ser uma droga barata, e rápida absorção pelo organismo, a pessoa vicia-se muito fácil, perdendo amigos, família ,emprego acabando nas ruas mendingando, depressivos, fumam 8 a 10 pedras por dia, para obtê-las começa no tráfico. Maltrapilhos, vagando pelas ruas em meio a lixo e entulho e sob constante delírio provocado pelas baforadas de crack, eles parecem estar completamente desprovidos da capacidade de escolher, de exercer as próprias vontades com autonomia. Essa é basicamente a história do viciado em crack.
A família, muitas vezes de posses, não sabe o que fazer, pois o jovem nem volta para casa, quando volta ,vem agressivo ,querendo dinheiro, rouba a família para comprar a droga. Para não ver mais sofrimento, muitas famílias os abandonam à própria sorte. Sorte, não diria, talvez os entregam ao vício, pois sentem –se impotentes e não tem idéia de como ajuda-los. Você pode pensar em quantas casas de recuperação existem, quantos programas de reabilitação para viciados, e eu lhe devolvo a pergunta: Quantos viciados você conhece que entrou em uma clínica de recuperação, seguiu todos os programas e o diagnóstico do médico ,e nunca mais voltou a se drogar¿ Quantos programas de reabilitação salvaram vidas¿ A porcentagem é bem baixa, não é¿ Não existem estatísticas que comprovam o número exato, ou pelo menos próximo à realidade ,de usuários, mas uma estimativa feita pela Frente Parlamentar Mista de Combate ao Crack, em 1990 existiam 1,2 milhões de pessoas(número ,apenas sugerido, não comprovado).
Parece que a nossa realidade é bem mais difícil e deprimente do que possamos imaginar. O governo do Rio de Janeiro, a poucos dias, começou a fazer internações compulsórias, tirando jovens , adolescentes e até crianças da rua para as Clínicas de Recuperação, parece uma idéia ótima, pelo grau de dependência em que se encontravam, mas, alguns advogados e médicos e psiquiatra colocam em discussão a eficácia dessa ação do governo. Veja o que disse o jurista Walter Maierovitch, a Revista Época: “Se o governo do Rio ,insistir na internação compulsória, corre o risco de parar num tribunal penal internacional por crime contra a humanidade.”(8 de agosto de 2011-Época,pag.107). De um outro lado, o promotor de justiça Marcelo Barone defende a vida, quando diz: “Vamos botar na balança :o que é mais importante, o direito à saúde , ou o direito de ir e vir¿ O bem maior garantido pela Constituição é a Vida.” Não entrarei no mérito do direito, apenas quero salientar a preocupação dos governos com o vício, e em encontrar uma saída. Os custos para reabilitar um viciado em crack é alta, e a família não tem condições de custear esse tratamento, o governo oferece o CAPS, mas é difícil conseguir uma vaga, já que o número de viciados é grande. As clínicas são equipadas com acompanhamento psicológicos, terapêutico e religioso, o que muitas vezes ajudam o indivíduo a se encontrar. É difícil passar pelo tratamento, a fissura é grande mesmo daqueles que aceitam a se tratar voluntariamente, então não se comenta daqueles que são levados compulsoriamente, no entanto eles tem consciência de que se continuassem nas ruas já estariam mortos. Dependência química é uma doença , há uma necessidade de união e esforços entre governos, comunidade médica, e famílias vitimadas por essa droga e porque não dizer até a religião, já que é comprovado cientificamente que a fé ajuda na cura de doenças como câncer ,HIV, e por que não na cura do vício do Crack.
Pense nisso.
Hiliete
Seu blog é muito interessante. Sua definição de perfil, mais ainda... - concordo plenamente com ela.
ResponderExcluirMeus parabéns e sucesso na empreitada!