sábado, 15 de agosto de 2015
Comportamento-A sociedade em que vivemos.....
A sociedade plugada
Quem nunca ouviu a seguinte exclamação em tom pejorativo:"Não sei que graça tem ficar com
esse celular na mão."
Pois é,não é apenas pessoas mais velhas que estão preocupados com o número de pessoas conectadas on line,o tempo todo,e todo o tempo,mas também,psicólogos ,cientistas e educadores.Nunca se ouviu falar tanto em crianças com déficit de atenção, crianças diagnosticada com TDAH.Simples coincidência com a era digital,ou será acúmulo de informações e estímulos?
A tecnologia da informática trouxe com ela muitas facilidades,muitos avanços em todos os aspectos,assim como na Revolução Industrial,as máquinas facilitaram a produção ,a tecnologia fez uma revolução na nossa vida.Hoje conhecimentos que antes era inimaginável é obtido em minutos,por exemplo,quando você insere seu cartão de crédito na máquina,todos os seus dados contidos no cartão,instantaneamente ou quase,são lidos e dali alguns segundos sua resposta chega,e quantos outros exemplos poderia citar.É importante destacar em primeiro lugar fundamental que a tecnologia hoje ocupa em nossa vida.Uma pessoa que não tem acesso a informação,vive desconectada do mundo,e por que não dizer excluída,pois todos estamos todo o tempo buscando o maior número de informações para tomarmos uma decisão mais acertada.
As rede sociais são maior febre disso,logo quando se conhece alguém,já perguntamos tem face,twitter,instagram,whatsapp,celular e por aí vai.Por que?Porque precisamos da facilidade com que nos comunicamos é impressionando.Facilmente podemos conversar com pessoas do outro lado do mundo,fazemos negócios trocamos ideias,importamos coisas com apenas um apertar de botões,sem sair de casa.
Certo ou errado,ninguém pode afirmar,podemos apenas observar as consequências deste afastamento físico e aproximação com o desconhecido.Afastamento dos que estão fisicamente perto,e aproximação com quem ,ou que,está do outro lado da telina.A preocupação que tínhamos de que o ser humano poderia tornar-se recluso,egoísta,egocêntrico,e isolado,por conta, de que sem sair de casa,o ser social que está dentro de cada um de nós poderia desaparecer,hoje é descabida.Pois se não fazemos amizades pessoalmente,podemos fazer virtualmente.E muito mais fácil,com muito mais pessoas,mais interessante,mais atuais,mais legais,mas cultas do que a nossa roda social.Em apenas um dia podemos fazer "amizades" com 500,600 pessoas,isso é impossível fisicamente.No entanto,desfazer essa amizade também é muito simples ,apenas nos desconectamos,sem dar explicações,quando que se numa amizade de contato físico,fica mais difícil,temos que dar explicações e argumentos e mesmo assim,ainda não desfazemos a tal amizade.Hoje se termina relacionamentos por celular,por mensagem no face,ora,mas também começou esse relacionamento virtual,por que não se pode terminar virtualmente(eu acho um desrespeito,sou do tempo em que chamava a pessoa para um tomar um suco ou sorvete,ou chá,ou sei lá,e aí sim,terminava).O que podemos notar que esse comportamento de conecta e desconecta simples assim,traz com ele com ele um descomprometimento,facilidade de aproximar,facilidade em se afastar ou até "sumir" se for o caso.
Resultado disso:ainda não sabemos.Só sabemos que existem pessoas com as mesmas doenças de antes,conectadas com o mundo,mas solitárias,com depressão,criança com TDAH muito mais do que antes,e um mundo em que ,as soluções antigas,já não dão certo,e não existe nenhuma outra solução nova que dê conta dessa época em vivemos.
.
sábado, 16 de maio de 2015
JUVENTUDE- TRABALHO EDUCAÇÃO
Essa postagem apresenta as
condições de desigualdades sociais entre os jovens brasileiros que estão entre
15 a 29 anos ,numa sociedade que se remodela e enfrentam uma crise econômica que afeta adultos e
preferencialmente jovem.Eles buscam na escola um caminho para sua formação para o mercado do trabalho,mas esta se
torna desinteressante segundo uma
pesquisa realizada pelo DR. Adalberto Cardoso,Professor ,e Pesquisador em
Sociologia do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade Estadual
do Rio de Janeiro-IESP UERJ,iniciando mais cedo a sexualidade,levando à
maternidade, logo,a evasão escolar entre as mulheres é de maior porcentagem.A
evasão escolar não se dá apenas no
Brasil,mas em todo o mundo.São 74,5 milhões de jovens em 2013 nessas
condições,com menos de 25 anos.A OIT(ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO
TRABALHO),constatou que o número de jovens que nem trabalham e nem estudam
cresceu em 30 dos 40 países pesquisados.A necessidade de uma mudança na
formação dos professores é sem dúvida,a solução, para que parte da evasão
escolar não aconteça.
Em primeiro lugar é necessário entendermos a categoria
juventude no Brasil ,visto que nessa fase está a construção da identidade formada
pelas interações do jovem com a escola,com os amigos,família religião na
sociedade atual.A juventude é uma fase
intermediária entre a infância e a fase adulta,com constantes mudanças físicas
e psíquicas juntamente com as mudanças
na sociedade assim como nas atribuições do trabalho.Na escola além de jovem ele
é aluno e para tal é necessário aceitar a condição de aluno,onde para muitos
deles, a escola é vista com instituição de obrigatoriedade e de uma certa
importância que se deve suportar até a colocação no mercado de trabalho.Com a
mudança comportamental das empresas em fase de mudança e com a globalização
ocorre uma construção e desconstrução das habilidades do indivíduo emergindo
novas exigências laborais com pouco tempo para readaptação. As recentes
reviravoltas do mundo do trabalho produz na
vida das pessoas e dos jovens com todas as suas particularidades
vínculos que não tem correspondido com a dignidade humana e o direito a
trabalho e renda.A escola não acompanhou essa evolução .
Pesquisas
realizadas pelo IBGE mostram que no
Brasil em 2012 9,6 milhões de jovens nem estudavam e nem trabalhavam,são 24% de
jovens e a maioria estão no Nordeste brasileiro.A desigualdade social junto com a má qualidade da escola
pública,tem como conseqüência a má formação ,e sem qualificação
profissional eles se sujeitam a
trabalhos precários sendo excluídos de ambos ,logo em seguida.Outro fator que
ajuda a engrossar essa fileira é a
deficiência física.Com a falta de acessibilidade a universidade e o despreparo
do Brasil para essas pessoas,elas acabam dependendo financeiramente da família.
A falta de uma educação forte,e uma formação qualificada ,o jovem não tem
vontade de estudar e com a falta de escolaridade,a colocação no mercado de
trabalho fica restrita a trabalhos braçais.
Em
2013,um em cada 5 jovens se encaixava nessa pesquisa que tem como perfil
escolaridade menor se comparados com outros na mesma faixa etária,44,8% vivem em famílias com uma renda menor que um
quarto do salário mínimo e na condição de filho . De acordo com o coordenador do Centro de
Políticas Públicas do Insper, Naércio Menezes Filho ,o fenômeno pode ser
atribuído ao aumento de renda das famílias chefiados por trabalhadores menos
qualificados,já que o salário mensal aumentou 50% em termos de reais e os
profissionais em ensino superior apenas 10%.Também existem aqueles que se
tornaram dependentes de programas sociais do governo,como seguro
desemprego,bolsa família,auxílio doença e etc.,são jovens que não tem
expectativa de futuro e de vida.É uma população economicamente ativa,mas que
adere aos programas sociais,para satisfazer suas necessidades ,outros ainda,
procuram o trabalho informal,pois com a economia em ritmo lento, as empresas
diminuíram consideravelmente o número de vagas.
As
projeções do IBGE para esse ano,é que o número de jovens sem trabalho e sem
emprego aumentará,causando problemas para o crescimento já deficiente da
economia brasileira.
Podemos observar na nossa
sociedade, há um tempo maior da condição juvenil: porque o tempo escolar é mais
longo, porque a inserção no mercado de trabalho ocorre mais tarde; porque o
acesso à casa própria é difícil; porque os casamentos retardam, devido também a
sexualidade mais liberada. Por causa dessa liberalidade sexual ,existem
muitas adolescentes que abandonam a escola,e não trabalham para cuidar dos seus
filhos,e demais crianças da família,justificando o índice de 70,3% de abandono
da escola.Não há creches suficientes para todas as crianças e nem condições
financeiras para pagar uma creche particular.A coordenadora da pesquisa do IBGE
Ana Lúcia Sabóia diz “que existe uma relação estreita entre parar de estudar ou
trabalhar e a maternidade”.Os casamentos muito cedo,a violência
sexual,restrições de políticas anticoncepcionais e a falta de educação e
serviços ligados a saúde levam as mulheres serem mães precocemente.O Brasil
perde com isso,está provado que a força jovem no trabalho faz um país
próspero,há um elo entre educação e
trabalho muito forte.As mulheres podem contribuir e muito para seu país,com sua
sensibilidade,seu tato mais apurado,e sua disposição para o trabalho.
Nas classes mais altas,o jovem fica a
espera de uma oportunidade melhor de
trabalho,ou ainda,por um concurso público,ou querem fazer um intercâmbio em outro país.Muitos
ainda,estão decidindo se querem ficar na profissão que escolheram,ou irão mudar
de direção. O argumento é que estão se preparando para “a oportunidade das suas
vidas” e devem estar livres para quando surgir poderem assumir imediatamente.O
ócio faz com que jovens assumam comportamentos
desviantes ,muitas vezes,desconhecidos da família estruturada e sem
problemas sociais aparentes.No
entanto,quando a família é notificada,é notório o despreparo,
desespero,perplexidade e espanto.Se as famílias estão perdidas,não dialogam em
casa,não identificam comportamentos sociais não aceitos em seus filhos,a escola
não assume seu lugar,no máximo e apenas tenta direcionar o jovem para uma
formação profissional.
Quando
se trata de escala de valores,para esses jovens a droga,o lazer a sexualidade
tem prioridade.Eles não querem “perder a vida”,dentro de salas de aulas ou
laboratórios.A curtição e as baladas,são colocadas antes de qualquer outro
compromisso em suas agendas.As drogas,quer apenas para uso nas festas,ou de uso
contínuo,tem sua reserva financeira garantida,alguns ainda traficam para
garantir uma reserva melhor.A polícia faz rondas nas faculdades e
universidades,mas tudo o que consegue é uma notificação,ou uma volta na
viatura,e o jovem fica livre novamente para continuar nessa vida sem futuro.
No Brasil sempre houve a classe Dominante e a Dominada.No
passado a preocupação da classe Dominante era que os escravos se revoltassem
então trabalhassem mais,como aconteceu logo depois com a lei Aurea.Hoje,teme
que o exército de quase 10milhões de jovens que nem estudam ,nem
trabalham,possa um dia explodir com esse sistema de capitalismo selvagem que
vivemos por meio da violência coletiva e devastadora.
O
Brasil hoje ocupa a 85ª posição no ranking mundial do IDH( índice de
desenvolvimento humano),quando as maiores riquezas estão nas mãos de apenas 2%
da população.A desigualdade social,como já vimos,é um fator preocupante,que
somente com um programa assistencialista não irá resolver.É necessário um
comprometimento governamental ,da sociedade,da família,e da escola,para uma
mudança que venha trazer esperança,tranqüilidade e um futuro melhor para todos
nós.
É evidente o clamor dos jovens de todas as
classes sociais por uma educação formal
de qualidade,para que possam enfrentar o mundo competitivo e em
transformações,com segurança e austeridade.
O Brasil perde com isso,está provado que a força jovem no trabalho faz
um país próspero,há um elo entre
educação e trabalho muito forte.As mulheres podem contribuir e muito
para seu país,com
sua sensibilidade,seu tato mais apurado,e sua disposição para o trabalho.
domingo, 5 de abril de 2015
O AMOR INCONDICIONAL DO SEU ANIMAL DE ESTIMAÇÃO!!!!,
Eles chegam devagar na vida das pessoas,de diversas maneiras,e tomam conta do tempo,e do espaço em casa,no carro,nas férias,enfim,eles são aquele amor que sempre foi esperado,e muitas vezes nunca encontrado no outro(ser humano).Eles não fazem diferença entre pessoas ricas,pobres,cultas,sem formação,não querem saber se vão andar de carrão,de carro mais simples ou se vão passear apenas com seu dono andando.
Eles querem ser amados,e o amor que eles oferecem está no olhar,na recepção que quando seu dono chega em casa ,no abano do rabo,que em muitas ocasiões,balançam o corpo todo.E a percepção deles é muito perspicaz.Você pode não comentar com ninguém uma tristeza ,mas o seu cão percebe.
Por tudo isso,muitas pessoas tornam-se tão apegadas a esses pequenos peludos,(isso inclui todos os outros animais que tornam a vida dos humanos mais doce),que começam a apresentar um comportamento antissocial,pois vivemos em uma sociedade individualista e crítica,onde a perfeição é sempre ainda questionada,ou seja,mesmo que alguém consiga ser exatamente como a sociedade exige,ainda assim será questionado e criticado.
Esse comportamento da sociedade levam as pessoas a tratarem seus animais de estimação como membros de primeiro grau de sua família.Qualquer frustração que aconteça com outros seres humanos,será compensada com o amor incondicional do seu animal.
Mas o afastamento do convívio com outros seres humano não é saudável,o homem só é homem,por causa do outro,ou seja, é o outro que nos faz sentir humano.A sociedade está a cada dia mais distante,embora a internet nos liga ao mundo,mas aquele chá de final de tarde,para conversar sobre coisas corriqueiras não existe mais,e o bichinho está ali,sempre perto para "tomar o chá" com você.
Eles podem não ser humanos,mas une pessoas que nutrem o mesmo apego por animais.Uma pessoa solitária,navegando na net pode encontrar em uma rede social alguém,ou várias pessoas também solitárias,que também tem um AMIGO desse e conseguem se socializar novamente.
ELES SÃO TUDO DE BOM!!
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015
o olhar do operário de Vinícius de Moraes
No poema,O operário,Vinícius de Moraes,mostra que o trabalhador não consegue enxergar o valor das suas obras,de tudo que construía,vivia em uma alienação.O texto é bem claro.Só toma consciência quando começa a usar a palavra NÃO.
Diz NÃO ,a exploração interessante que quando começa a ter consciência de quem ele é,no mesmo momento percebe a importância do seu trabalho.
Seria bastante interessante quando o trabalhador brasileiro percebesse o valor das coisas que faz,oquanto vale seus serviços e o seu voto.É claro,que uma grande mudança comportamental notaríamos,patrões seriam mais cautelosos ,políticos menos corruptos,governos respeitaria aposição de cada cidadão na sociedade.
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015
Operário em construção- Vinícius de Moraes
Era ele que erguia casas
Onde antes só havia chão.
Como um pássaro sem asas
Ele subia com as casas
Que lhe brotavam da mão.
Mas tudo desconhecia
De sua grande missão:
Não sabia,por exemplo
Que a casa de um homem é um templo
Um templo sem religião
Como tampouco sabia
Que a casa que ele fazia
Sendo a sua liberdade
Era a sua escrevidão.
De fato,como podia
Um operário em construção
Compreender porque um tijolo
Valia mais do que um pão?
Tijolos ele empilhava
Com pá,cimento e esquadria
Quanto ao pão,ele o comia...
Mas fosse comer tijolo!
E assim o operário ia
Com suor e com cimento
Erguendo uma casa aqui
Adiante um apartamento
Além uma igreja,á frente:
Um quartel e uma prisão
Prisão de que sofreria
Não fosse,eventualmente
Um operário em construção
Mas ele desconhecia
Esse fato extraordinário
Que o operário faz a coisa
E a coisa faz o operário
De forma que,certo dia
À mesa,ao cortar o pão
O operário foi tomado
De uma súbita emoção
Ao constatar assombrado
Que tudo naquela mesa
_Garrafa,prato,facão-
Era ele quem os fazia
Ele, um humilde operário,
Um operário em construção.
Olhou em torno gamela
Banco,enxerga,caldeirão
Vidro,parede,janela
Casa,cidade,nação!
Tudo,tudo o que existia
Era ele quem o fazia
Ele,um humilde operário
Um operário que sabia
Exercer a profissão
Ah,homens de pensamentos
Não sabereis nunca o quanto
Aquele humilde operário
Soube naquele momento!
Naquela casa vazia
Que ele mesmo levantara
Um mundo novo nascia
De que sequer suspeitava
O operário emocionado
Olhou sua própria mão
Sua rude mão de operário
De operário em construção
E olhando bem para ela
Teve um segundo a impressão
De que não havia no mundo
Coisa que fosse mais bela
Foi dentro da compreensão
Desse instante solitário
Que,tal sua construção
Cresceu também o operário
Cresceu em alto e profundo
Em largo e no coração
E como tudo que cresce
Ele não cresceu em vão
Pois além do que sabia
_Exercer a profissão-
O operário adquiriu
Uma nova dimensão:
A dimensão da poesia
E um fato novo se viu
Que a todos admirava:
O que o operário dizia
Outro operário escutava.
E foi assim que o operário
Do edifício em construção
Que sempre dizia sim
Começou a dizer não.
E aprendeu a notar coisas
A que não dava atenção:
Notou que sua marmita
Era o prato do patrão
Que sua cerveja preta
Era o uísque do patrão
Que o casebre onde morava
Era a mansão do patrão
Que o casebre onde morava
Era a mansão do patrão
Que seus dois pés andarilhos
Eram as rodas do patrão
Que eu dureza do seu dia
ra a noite do patrão
Que sua imensa fadiga
Era amiga do patrão.
E o operário disse: Não!
E o operário fez-se forte
Na sua resolução.
Como era de se esperar
As bocas da delação
Começaram a dizer coisas
Aos ouvidos do patrão.
Mas o patrão não queria
Nenhuma preocupação
- "Convençam-no" do contrário -
Disse ele sobre o operário
E ao dizer isso sorria.
Dia seguinte, o operário
Ao sair da construção
Viu-se súbito cercado
Dos homens da delação
E sofreu, por destinado
Sua primeira agressão.
Teve seu rosto cuspido
Teve seu braço quebrado
Mas quando foi perguntado
O operário disse: Não!
Em vão sofrera o operário
Sua primeira agressão
Muitas outras se seguiram
Muitas outras seguirão.
Porém, por imprescindível
Ao edifício em construção
Seu trabalho prosseguia
E todo o seu sofrimento
Misturava-se ao cimento
Da construção que crescia.
Sentindo que a violência
Não dobraria o operário
Um dia tentou o patrão
Dobrá-lo de modo vário.
De sorte que o foi levando
Ao alto da construção
E num momento de tempo
Mostrou-lhe toda a região
E apontando-a ao operário
Fez-lhe esta declaração:
- Dar-te-ei todo esse poder
E a sua satisfação
Porque a mim me foi entregue
E dou-o a quem bem quiser.
Dou-te tempo de lazer
Dou-te tempo de mulher.
Portanto, tudo o que vês
Será teu se me adorares
E, ainda mais, se abandonares
O que te faz dizer não.
Disse, e fitou o operário
Que olhava e que refletia
Mas o que via o operário
O patrão nunca veria.
O operário via as casas
E dentro das estruturas
Via coisas, objetos
Produtos, manufaturas.
Via tudo o que fazia
O lucro do seu patrão
E em cada coisa que via
Misteriosamente havia
A marca de sua mão.
E o operário disse: Não!
- Loucura! - gritou o patrão
Não vês o que te dou eu?
- Mentira! - disse o operário
Não podes dar-me o que é meu.
E um grande silêncio fez-se
Dentro do seu coração
Um silêncio de martírios
Um silêncio de prisão.
Um silêncio povoado
De pedidos de perdão
Um silêncio apavorado
Com o medo em solidão.
Um silêncio de torturas
E gritos de maldição
Um silêncio de fraturas
A se arrastarem no chão.
E o operário ouviu a voz
De todos os seus irmãos
Os seus irmãos que morreram
Por outros que viverão.
Uma esperança sincera
Cresceu no seu coração
E dentro da tarde mansa
Agigantou-se a razão
De um homem pobre e esquecido
Razão porém que fizera
Em operário construído
O operário em construção.
Onde antes só havia chão.
Como um pássaro sem asas
Ele subia com as casas
Que lhe brotavam da mão.
Mas tudo desconhecia
De sua grande missão:
Não sabia,por exemplo
Que a casa de um homem é um templo
Um templo sem religião
Como tampouco sabia
Que a casa que ele fazia
Sendo a sua liberdade
Era a sua escrevidão.
De fato,como podia
Um operário em construção
Compreender porque um tijolo
Valia mais do que um pão?
Tijolos ele empilhava
Com pá,cimento e esquadria
Quanto ao pão,ele o comia...
Mas fosse comer tijolo!
E assim o operário ia
Com suor e com cimento
Erguendo uma casa aqui
Adiante um apartamento
Além uma igreja,á frente:
Um quartel e uma prisão
Prisão de que sofreria
Não fosse,eventualmente
Um operário em construção
Mas ele desconhecia
Esse fato extraordinário
Que o operário faz a coisa
E a coisa faz o operário
De forma que,certo dia
À mesa,ao cortar o pão
O operário foi tomado
De uma súbita emoção
Ao constatar assombrado
Que tudo naquela mesa
_Garrafa,prato,facão-
Era ele quem os fazia
Ele, um humilde operário,
Um operário em construção.
Olhou em torno gamela
Banco,enxerga,caldeirão
Vidro,parede,janela
Casa,cidade,nação!
Tudo,tudo o que existia
Era ele quem o fazia
Ele,um humilde operário
Um operário que sabia
Exercer a profissão
Ah,homens de pensamentos
Não sabereis nunca o quanto
Aquele humilde operário
Soube naquele momento!
Naquela casa vazia
Que ele mesmo levantara
Um mundo novo nascia
De que sequer suspeitava
O operário emocionado
Olhou sua própria mão
Sua rude mão de operário
De operário em construção
E olhando bem para ela
Teve um segundo a impressão
De que não havia no mundo
Coisa que fosse mais bela
Foi dentro da compreensão
Desse instante solitário
Que,tal sua construção
Cresceu também o operário
Cresceu em alto e profundo
Em largo e no coração
E como tudo que cresce
Ele não cresceu em vão
Pois além do que sabia
_Exercer a profissão-
O operário adquiriu
Uma nova dimensão:
A dimensão da poesia
E um fato novo se viu
Que a todos admirava:
O que o operário dizia
Outro operário escutava.
E foi assim que o operário
Do edifício em construção
Que sempre dizia sim
Começou a dizer não.
E aprendeu a notar coisas
A que não dava atenção:
Notou que sua marmita
Era o prato do patrão
Que sua cerveja preta
Era o uísque do patrão
Que o casebre onde morava
Era a mansão do patrão
Que o casebre onde morava
Era a mansão do patrão
Que seus dois pés andarilhos
Eram as rodas do patrão
Que eu dureza do seu dia
ra a noite do patrão
Que sua imensa fadiga
Era amiga do patrão.
E o operário disse: Não!
E o operário fez-se forte
Na sua resolução.
Como era de se esperar
As bocas da delação
Começaram a dizer coisas
Aos ouvidos do patrão.
Mas o patrão não queria
Nenhuma preocupação
- "Convençam-no" do contrário -
Disse ele sobre o operário
E ao dizer isso sorria.
Dia seguinte, o operário
Ao sair da construção
Viu-se súbito cercado
Dos homens da delação
E sofreu, por destinado
Sua primeira agressão.
Teve seu rosto cuspido
Teve seu braço quebrado
Mas quando foi perguntado
O operário disse: Não!
Em vão sofrera o operário
Sua primeira agressão
Muitas outras se seguiram
Muitas outras seguirão.
Porém, por imprescindível
Ao edifício em construção
Seu trabalho prosseguia
E todo o seu sofrimento
Misturava-se ao cimento
Da construção que crescia.
Sentindo que a violência
Não dobraria o operário
Um dia tentou o patrão
Dobrá-lo de modo vário.
De sorte que o foi levando
Ao alto da construção
E num momento de tempo
Mostrou-lhe toda a região
E apontando-a ao operário
Fez-lhe esta declaração:
- Dar-te-ei todo esse poder
E a sua satisfação
Porque a mim me foi entregue
E dou-o a quem bem quiser.
Dou-te tempo de lazer
Dou-te tempo de mulher.
Portanto, tudo o que vês
Será teu se me adorares
E, ainda mais, se abandonares
O que te faz dizer não.
Disse, e fitou o operário
Que olhava e que refletia
Mas o que via o operário
O patrão nunca veria.
O operário via as casas
E dentro das estruturas
Via coisas, objetos
Produtos, manufaturas.
Via tudo o que fazia
O lucro do seu patrão
E em cada coisa que via
Misteriosamente havia
A marca de sua mão.
E o operário disse: Não!
- Loucura! - gritou o patrão
Não vês o que te dou eu?
- Mentira! - disse o operário
Não podes dar-me o que é meu.
E um grande silêncio fez-se
Dentro do seu coração
Um silêncio de martírios
Um silêncio de prisão.
Um silêncio povoado
De pedidos de perdão
Um silêncio apavorado
Com o medo em solidão.
Um silêncio de torturas
E gritos de maldição
Um silêncio de fraturas
A se arrastarem no chão.
E o operário ouviu a voz
De todos os seus irmãos
Os seus irmãos que morreram
Por outros que viverão.
Uma esperança sincera
Cresceu no seu coração
E dentro da tarde mansa
Agigantou-se a razão
De um homem pobre e esquecido
Razão porém que fizera
Em operário construído
O operário em construção.
Como tomar uma decisão
Você pode estar pensando em como tomar uma decisão acertada.........
Na vida,existem muitos momentos decisivos,por exemplo, a hora de escolher uma profissão,ou uma pós graduação,uma especialidade,como proceder para ter uma vida tranquila,sem sobressaltos,com quem casar,ou se vai casar ou não,etc....Poderia citar inúmeras decisões a serem tomadas,no entanto,existe maneiras de sabermos se aquilo que queremos é a coisa certa a fazer.A tomada de decisão é um função cognitiva que é exclusiva do homem,não há nenhum um outro animal que pode decidir se quer ou não agir desta ou daquela maneira,ou seja,ogato foi mia,e ele não tem escolha,apenas mia.Nosso cérebro,é organizado,em funções específicas e é o lobo frontal (aquela parte logo acima dos olhos) é onde ocorre as tomadas de decisões.
É obvio,que não quero falar sobre a anatomia cerebral,mas sim sobre como saber se a decisão é correta ou não.O comportamento de cada pessoa,seus valores morais,valores religiosos e éticos,sua nacionalidade,pesam na maneira de decidir,mas temos uma maneira de ajudar nosso cérebro a decidir-se corretamente,existe um função cerebral chamada plasticidade,que é a expansão cerebral frontal fazendo leituras diárias,estudando assuntos que não nos é familiar,e um simples exercício de mudar o trajeto corriqueiro de irmos ao trabalho e voltar,e fazer exercícios físicos.
Fica uma dica importante: A longevidade é uma virtude,e vida longa saudável é uma dádiva divina!!!
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