Essa postagem apresenta as
condições de desigualdades sociais entre os jovens brasileiros que estão entre
15 a 29 anos ,numa sociedade que se remodela e enfrentam uma crise econômica que afeta adultos e
preferencialmente jovem.Eles buscam na escola um caminho para sua formação para o mercado do trabalho,mas esta se
torna desinteressante segundo uma
pesquisa realizada pelo DR. Adalberto Cardoso,Professor ,e Pesquisador em
Sociologia do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade Estadual
do Rio de Janeiro-IESP UERJ,iniciando mais cedo a sexualidade,levando à
maternidade, logo,a evasão escolar entre as mulheres é de maior porcentagem.A
evasão escolar não se dá apenas no
Brasil,mas em todo o mundo.São 74,5 milhões de jovens em 2013 nessas
condições,com menos de 25 anos.A OIT(ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO
TRABALHO),constatou que o número de jovens que nem trabalham e nem estudam
cresceu em 30 dos 40 países pesquisados.A necessidade de uma mudança na
formação dos professores é sem dúvida,a solução, para que parte da evasão
escolar não aconteça.
Em primeiro lugar é necessário entendermos a categoria
juventude no Brasil ,visto que nessa fase está a construção da identidade formada
pelas interações do jovem com a escola,com os amigos,família religião na
sociedade atual.A juventude é uma fase
intermediária entre a infância e a fase adulta,com constantes mudanças físicas
e psíquicas juntamente com as mudanças
na sociedade assim como nas atribuições do trabalho.Na escola além de jovem ele
é aluno e para tal é necessário aceitar a condição de aluno,onde para muitos
deles, a escola é vista com instituição de obrigatoriedade e de uma certa
importância que se deve suportar até a colocação no mercado de trabalho.Com a
mudança comportamental das empresas em fase de mudança e com a globalização
ocorre uma construção e desconstrução das habilidades do indivíduo emergindo
novas exigências laborais com pouco tempo para readaptação. As recentes
reviravoltas do mundo do trabalho produz na
vida das pessoas e dos jovens com todas as suas particularidades
vínculos que não tem correspondido com a dignidade humana e o direito a
trabalho e renda.A escola não acompanhou essa evolução .
Pesquisas
realizadas pelo IBGE mostram que no
Brasil em 2012 9,6 milhões de jovens nem estudavam e nem trabalhavam,são 24% de
jovens e a maioria estão no Nordeste brasileiro.A desigualdade social junto com a má qualidade da escola
pública,tem como conseqüência a má formação ,e sem qualificação
profissional eles se sujeitam a
trabalhos precários sendo excluídos de ambos ,logo em seguida.Outro fator que
ajuda a engrossar essa fileira é a
deficiência física.Com a falta de acessibilidade a universidade e o despreparo
do Brasil para essas pessoas,elas acabam dependendo financeiramente da família.
A falta de uma educação forte,e uma formação qualificada ,o jovem não tem
vontade de estudar e com a falta de escolaridade,a colocação no mercado de
trabalho fica restrita a trabalhos braçais.
Em
2013,um em cada 5 jovens se encaixava nessa pesquisa que tem como perfil
escolaridade menor se comparados com outros na mesma faixa etária,44,8% vivem em famílias com uma renda menor que um
quarto do salário mínimo e na condição de filho . De acordo com o coordenador do Centro de
Políticas Públicas do Insper, Naércio Menezes Filho ,o fenômeno pode ser
atribuído ao aumento de renda das famílias chefiados por trabalhadores menos
qualificados,já que o salário mensal aumentou 50% em termos de reais e os
profissionais em ensino superior apenas 10%.Também existem aqueles que se
tornaram dependentes de programas sociais do governo,como seguro
desemprego,bolsa família,auxílio doença e etc.,são jovens que não tem
expectativa de futuro e de vida.É uma população economicamente ativa,mas que
adere aos programas sociais,para satisfazer suas necessidades ,outros ainda,
procuram o trabalho informal,pois com a economia em ritmo lento, as empresas
diminuíram consideravelmente o número de vagas.
As
projeções do IBGE para esse ano,é que o número de jovens sem trabalho e sem
emprego aumentará,causando problemas para o crescimento já deficiente da
economia brasileira.
Podemos observar na nossa
sociedade, há um tempo maior da condição juvenil: porque o tempo escolar é mais
longo, porque a inserção no mercado de trabalho ocorre mais tarde; porque o
acesso à casa própria é difícil; porque os casamentos retardam, devido também a
sexualidade mais liberada. Por causa dessa liberalidade sexual ,existem
muitas adolescentes que abandonam a escola,e não trabalham para cuidar dos seus
filhos,e demais crianças da família,justificando o índice de 70,3% de abandono
da escola.Não há creches suficientes para todas as crianças e nem condições
financeiras para pagar uma creche particular.A coordenadora da pesquisa do IBGE
Ana Lúcia Sabóia diz “que existe uma relação estreita entre parar de estudar ou
trabalhar e a maternidade”.Os casamentos muito cedo,a violência
sexual,restrições de políticas anticoncepcionais e a falta de educação e
serviços ligados a saúde levam as mulheres serem mães precocemente.O Brasil
perde com isso,está provado que a força jovem no trabalho faz um país
próspero,há um elo entre educação e
trabalho muito forte.As mulheres podem contribuir e muito para seu país,com sua
sensibilidade,seu tato mais apurado,e sua disposição para o trabalho.
Nas classes mais altas,o jovem fica a
espera de uma oportunidade melhor de
trabalho,ou ainda,por um concurso público,ou querem fazer um intercâmbio em outro país.Muitos
ainda,estão decidindo se querem ficar na profissão que escolheram,ou irão mudar
de direção. O argumento é que estão se preparando para “a oportunidade das suas
vidas” e devem estar livres para quando surgir poderem assumir imediatamente.O
ócio faz com que jovens assumam comportamentos
desviantes ,muitas vezes,desconhecidos da família estruturada e sem
problemas sociais aparentes.No
entanto,quando a família é notificada,é notório o despreparo,
desespero,perplexidade e espanto.Se as famílias estão perdidas,não dialogam em
casa,não identificam comportamentos sociais não aceitos em seus filhos,a escola
não assume seu lugar,no máximo e apenas tenta direcionar o jovem para uma
formação profissional.
Quando
se trata de escala de valores,para esses jovens a droga,o lazer a sexualidade
tem prioridade.Eles não querem “perder a vida”,dentro de salas de aulas ou
laboratórios.A curtição e as baladas,são colocadas antes de qualquer outro
compromisso em suas agendas.As drogas,quer apenas para uso nas festas,ou de uso
contínuo,tem sua reserva financeira garantida,alguns ainda traficam para
garantir uma reserva melhor.A polícia faz rondas nas faculdades e
universidades,mas tudo o que consegue é uma notificação,ou uma volta na
viatura,e o jovem fica livre novamente para continuar nessa vida sem futuro.
No Brasil sempre houve a classe Dominante e a Dominada.No
passado a preocupação da classe Dominante era que os escravos se revoltassem
então trabalhassem mais,como aconteceu logo depois com a lei Aurea.Hoje,teme
que o exército de quase 10milhões de jovens que nem estudam ,nem
trabalham,possa um dia explodir com esse sistema de capitalismo selvagem que
vivemos por meio da violência coletiva e devastadora.
O
Brasil hoje ocupa a 85ª posição no ranking mundial do IDH( índice de
desenvolvimento humano),quando as maiores riquezas estão nas mãos de apenas 2%
da população.A desigualdade social,como já vimos,é um fator preocupante,que
somente com um programa assistencialista não irá resolver.É necessário um
comprometimento governamental ,da sociedade,da família,e da escola,para uma
mudança que venha trazer esperança,tranqüilidade e um futuro melhor para todos
nós.
É evidente o clamor dos jovens de todas as
classes sociais por uma educação formal
de qualidade,para que possam enfrentar o mundo competitivo e em
transformações,com segurança e austeridade.
O Brasil perde com isso,está provado que a força jovem no trabalho faz
um país próspero,há um elo entre
educação e trabalho muito forte.As mulheres podem contribuir e muito
para seu país,com
sua sensibilidade,seu tato mais apurado,e sua disposição para o trabalho.
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