sábado, 16 de maio de 2015

JUVENTUDE- TRABALHO EDUCAÇÃO

Essa postagem apresenta as condições de desigualdades sociais entre os jovens brasileiros que estão entre 15 a 29 anos ,numa sociedade que se remodela e enfrentam  uma crise econômica que afeta adultos e preferencialmente jovem.Eles buscam na escola um caminho para sua formação  para o mercado do trabalho,mas esta se torna  desinteressante segundo uma pesquisa realizada pelo DR. Adalberto Cardoso,Professor ,e Pesquisador em Sociologia do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade Estadual do Rio de Janeiro-IESP UERJ,iniciando mais cedo a sexualidade,levando à maternidade, logo,a evasão escolar entre as mulheres é de maior porcentagem.A evasão escolar não se dá apenas no  Brasil,mas em todo o mundo.São 74,5 milhões de jovens em 2013 nessas condições,com menos de 25 anos.A OIT(ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO),constatou que o número de jovens que nem trabalham e nem estudam cresceu em 30 dos 40 países pesquisados.A necessidade de uma mudança na formação dos professores é sem dúvida,a solução, para que parte da evasão escolar não aconteça.
   
Em primeiro lugar é necessário entendermos a categoria juventude no Brasil ,visto que nessa fase está a construção da identidade formada pelas interações do jovem com a escola,com os amigos,família religião na sociedade atual.A  juventude é uma fase intermediária entre a infância e a fase adulta,com constantes mudanças físicas e psíquicas juntamente com  as mudanças na sociedade assim como nas atribuições do trabalho.Na escola além de jovem ele é aluno e para tal é necessário aceitar a condição de aluno,onde para muitos deles, a escola é vista com instituição de obrigatoriedade e de uma certa importância que se deve suportar até a colocação no mercado de trabalho.Com a mudança comportamental das empresas em fase de mudança e com a globalização ocorre uma construção e desconstrução das habilidades do indivíduo emergindo novas exigências laborais com pouco tempo para readaptação. As recentes reviravoltas do mundo do trabalho produz na  vida das pessoas e dos jovens com todas as suas particularidades vínculos que não tem correspondido com a dignidade humana e o direito a trabalho e renda.A escola não acompanhou essa evolução .
    Pesquisas realizadas pelo IBGE mostram  que no Brasil em 2012 9,6 milhões de jovens nem estudavam e nem trabalhavam,são 24% de jovens e a maioria estão no Nordeste brasileiro.A desigualdade social  junto com a má qualidade da escola pública,tem como conseqüência a má formação ,e sem qualificação profissional  eles se sujeitam a trabalhos precários sendo excluídos de ambos ,logo em seguida.Outro fator que ajuda a engrossar essa fileira  é a deficiência física.Com a falta de acessibilidade a universidade e o despreparo do Brasil para essas pessoas,elas acabam dependendo financeiramente da família. A falta de uma educação forte,e uma formação qualificada ,o jovem não tem vontade de estudar e com a falta de escolaridade,a colocação no mercado de trabalho fica restrita a trabalhos braçais.
     Em 2013,um em cada 5 jovens se encaixava nessa pesquisa que tem como perfil escolaridade menor se comparados com outros na mesma faixa etária,44,8%  vivem em famílias com uma renda menor que um quarto do salário mínimo e na condição de filho .  De acordo com o coordenador do Centro de Políticas Públicas do Insper, Naércio Menezes Filho ,o fenômeno pode ser atribuído ao aumento de renda das famílias chefiados por trabalhadores menos qualificados,já que o salário mensal aumentou 50% em termos de reais e os profissionais em ensino superior apenas 10%.Também existem aqueles que se tornaram dependentes de programas sociais do governo,como seguro desemprego,bolsa família,auxílio doença e etc.,são jovens que não tem expectativa de futuro e de vida.É uma população economicamente ativa,mas que adere aos programas sociais,para satisfazer suas necessidades ,outros ainda, procuram o trabalho informal,pois com a economia em ritmo lento, as empresas diminuíram consideravelmente o número de vagas.
     As projeções do IBGE para esse ano,é que o número de jovens sem trabalho e sem emprego aumentará,causando problemas para o crescimento já deficiente da economia brasileira.
    Podemos observar na nossa sociedade, há um tempo maior da condição juvenil: porque o tempo escolar é mais longo, porque a inserção no mercado de trabalho ocorre mais tarde; porque o acesso à casa própria é difícil; porque os casamentos retardam, devido também a sexualidade mais liberada. Por causa dessa liberalidade sexual ,existem muitas adolescentes que abandonam a escola,e não trabalham para cuidar dos seus filhos,e demais crianças da família,justificando o índice de 70,3% de abandono da escola.Não há creches suficientes para todas as crianças e nem condições financeiras para pagar uma creche particular.A coordenadora da pesquisa do IBGE Ana Lúcia Sabóia diz “que existe uma relação estreita entre parar de estudar ou trabalhar e a maternidade”.Os casamentos muito cedo,a violência sexual,restrições de políticas anticoncepcionais e a falta de educação e serviços ligados a saúde levam as mulheres serem mães precocemente.O Brasil perde com isso,está provado que a força jovem no trabalho faz um país próspero,há um elo entre  educação e trabalho muito forte.As mulheres podem contribuir e muito para seu país,com sua sensibilidade,seu tato mais apurado,e sua disposição para o trabalho.
    Nas classes mais altas,o jovem fica a espera de uma oportunidade melhor  de trabalho,ou ainda,por um concurso público,ou querem  fazer um intercâmbio em outro país.Muitos ainda,estão decidindo se querem ficar na profissão que escolheram,ou irão mudar de direção. O argumento é que estão se preparando para “a oportunidade das suas vidas” e devem estar livres para quando surgir poderem assumir imediatamente.O ócio faz com que jovens assumam comportamentos  desviantes ,muitas vezes,desconhecidos da família estruturada e sem problemas sociais  aparentes.No entanto,quando a família é notificada,é notório o despreparo, desespero,perplexidade e espanto.Se as famílias estão perdidas,não dialogam em casa,não identificam comportamentos sociais não aceitos em seus filhos,a escola não assume seu lugar,no máximo e apenas tenta direcionar o jovem para uma formação profissional.
    Quando se trata de escala de valores,para esses jovens a droga,o lazer a sexualidade tem prioridade.Eles não querem “perder a vida”,dentro de salas de aulas ou laboratórios.A curtição e as baladas,são colocadas antes de qualquer outro compromisso em suas agendas.As drogas,quer apenas para uso nas festas,ou de uso contínuo,tem sua reserva financeira garantida,alguns ainda traficam para garantir uma reserva melhor.A polícia faz rondas nas faculdades e universidades,mas tudo o que consegue é uma notificação,ou uma volta na viatura,e o jovem fica livre novamente para continuar nessa vida sem futuro.
No Brasil sempre houve a classe Dominante e a Dominada.No passado a preocupação da classe Dominante era que os escravos se revoltassem então trabalhassem mais,como aconteceu logo depois com a lei Aurea.Hoje,teme que o exército de quase 10milhões de jovens que nem estudam ,nem trabalham,possa um dia explodir com esse sistema de capitalismo selvagem que vivemos por meio da violência coletiva e devastadora.
    O Brasil hoje ocupa a 85ª posição no ranking mundial do IDH( índice de desenvolvimento humano),quando as maiores riquezas estão nas mãos de apenas 2% da população.A desigualdade social,como já vimos,é um fator preocupante,que somente com um programa assistencialista não irá resolver.É necessário um comprometimento governamental ,da sociedade,da família,e da escola,para uma mudança que venha trazer esperança,tranqüilidade e um futuro melhor para todos nós.
    É evidente o clamor dos jovens de todas as classes sociais por uma educação  formal de qualidade,para que possam enfrentar o mundo competitivo e em transformações,com segurança e austeridade.                                                   O Brasil perde com isso,está provado que a força jovem no trabalho faz um país próspero,há um elo entre  educação e trabalho muito forte.As mulheres podem contribuir e muito para seu país,com sua sensibilidade,seu tato mais apurado,e sua disposição para o trabalho.

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