sábado, 22 de outubro de 2011

O filme “O filho da noiva”

Aos 42 anos Rafael Belvedere (Ricardo Darín) está em crise, pois assumiu muitas responsabilidades e não tem mais tempo para qualquer tipo de diversão. Boa parte de seu tempo é gasto no gerenciamento do restaurante fundado por seu pai. Rafael é um quarentão que separou-se da esposa há três anos, e agora tem uma nova namorada. Também possui uma filha, a quem vai ver sempre que possível, com toda liberdade. O restaurante está passando por uma crise, devido à situação econômica na Argentina. Seu pai, um sujeito engraçado, de bem com a vida, tem um único arrependimento: não ter se permitido casar-se na igreja, por questão de crença (ou falta dela). E ele decide que já está na hora de fazer isso. O problema é que sua esposa tem Mal de Alzheimer, e mal pode reconhecer sua família. Junto com seu filho, eles devem apressar-se para realizar a cerimônia antes que a doença avance mais ainda. Por fora, ainda há um velho amigo de infância de Rafael, que reencontra-o depois de muito tempo, e começa a demonstrar interesse em sua namorada....




Algumas pessoas com certa falta de sorte começam desenvolver a doença entre os 40 e os 60 anos. Esses pacientes apresentam a forma da doença com início precoce ,que ocorre de forma familiar, segundo pesquisa com componente genético.








Estudando essas famílias os pesquisadores  tem encontrado mutações em diversos genes  que predispõem  para a forma  da doença em um início precoce. Se um dos pais tem a doença, metade dos filhos provavelmente  desenvolverão a doença. Embora a doença ainda não tenha cura, numerosos esforços tem sido empreendidos no sentido de buscar tratamentos que possam diminuir a progressão do mal. Investigadores clínicos tem focalizados particularmente os neurônios colinérgicos da base do encéfalo que se projetam amplamente ao córtex e que são alvos da doença. Não tem sido possível retardar a morte das células ,mas há fármacos disponíveis que aumentam a liberação de neurotransmissores nas células que sobrevivem. Drogas anti-inflamatórias  não- esteroides, como aspirinas ou ibuprofeno ,também  exercem algum efeito protetor. Pessoas de meia idade ou idosos  que fazem uso desses medicamentos por dois ou mais anos parecem ter seu risco de desenvolver a doença de Alzheimer,pelo menos durante uns poucos anos, reduzido em até 25 a 50% . Particularmente promissor é o achado de que mulheres na pós-menopausa que estão recebendo  estrógeno apresentam menor probabilidade de desenvolver a doença do que mulheres que não recebem estrógeno.

À medida que as bases moleculares e celulares do Alzheimer são melhor compreendidas, pode ser possível desenvolver tratamentos racionais que atuem sobre a causa real da doença.  Se assim for, podemos esperar que haverá um tempo em que os tratamentos irão não apenas aliviar os sintomas, mas, de fato, prevenir a doença ou deter sua progressão.

Ref.Bibliog. Squire ,Larry R. Memória da mente as moléculas-Larry R. Squire e Eric R. Kandel; trad. Carla Dalmaz e JorgeA. Quillfeldt-Porto Alegre: Artemed 2003 

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