quinta-feira, 12 de julho de 2012

Jogar estimula a inteligência-A cognição e o jogo de Tranca


JOGO DE TRANCA

História da tranca:

A Tranca, também conhecida como Canastra Argentina, Chilena ou Uruguaia, é uma variante do Buraco Bossa Nova. Costuma ser apreciada por ser um jogo mais dinâmico e mais rápido do que o Buraco tradicional. Na verdade os dois jogos são quase idênticos, a não ser por algumas diferenças nas regras.
Este foi um dos principais jogos da moda do século XX. Teve origem na América do Sul, provavelmente no Uruguai; tomou a forma presente na Argentina; e começou a jogar-se nos Estados Unidos nos princípios de 1949. Tornou-se popular tão rapidamente, - mais rapidamente que qualquer outro jogo na história - que, ao findar o ano de 1949 havia 15 milhões de jogadores de Tranca na América do Norte. Nos anos de 50 e 51 certas variantes, como o Samba, começaram a ultrapassá-la.

O jogo:
           Inicia-se com 11 cartas para cada participante. É necessário possuir dois baralhos para ocorrer o jogo.
Existem dois mortos que ficam na mesa durante o jogo. Cada um possui 13 cartas. Quem bater primeiro pega o morto de cima. Se a mesma pessoa ou equipe bater de novo e pegar o outro morto, a rodada acaba e a outra pessoa/equipe perde 100 pontos por não ter pego o “seu” morto. Os jogos são feitos a partir do 4 para cima, já que o 2 é coringa (pode ser utilizado como substituto de todas as cartas no jogo, porém, isso torna a canastra suja, dando somente metade dos pontos para a canastra) e o 3 é a tranca. O Ás pode ser usado depois do rei. Os 3 não fazem parte do jogo. O jogador, se pegar um 3 vermelho logo no começo, coloca do lado direito, e ganha 100 pontos no final do jogo para cada 3 vermelho que ele tiver. Isso somente se ele fizer uma seqüência (canastra), se ele não fizer nenhuma, perde 100 pontos para cada 3 que ele tiver. Os 3 pretos são a tranca. Quando alguém descarta eles e os coloca em cima do morto, ninguém pode comprar o morto. O morto, que fica empilhado, só com a carta de cima amostra, só pode ser comprado se o jogador puder usar a carta de cima em um jogo, descendo o jogo no exato momento em que ele comprar o morto. O jogador só pode olhar as suas novas cartas, adquiridas do morto, após descer o jogo. O morto também pode ser comprado quando o jogador puder usar a carta de cima em um jogo já feito, adicionando mais uma carta ao jogo. Ex: se a carta de cima do morto for 7, e o jogador tiver um jogo de um 4-5-6, ele pode comprar a carta para adicionar ela ao jogo.

Regras:
Existem muitas regras que as próprias pessoas criam, essas regras dependem do local aonde se joga. Alguns jogadores determinam que se a rodada for finalizada e alguém tiver uma tranca na mão, a pessoa perde 100 pontos. Outras dizem que uma pessoa só pode finalizar o jogo se ela tiver alguma canastra real (um jogo completo, sem nenhum coringa).
Ganha quem alcançar 3000 pontos primeiro.*

Teoria Cognitiva e o jogo de tranca

    Esse jogo é visto como um problema mal estruturado,pois, por mais que existam regras e que o jogador as siga corretamente,não lhe garante a vitória,é necessário que o jogador use o Ciclo de resolução de problemas.

     A princípio existe por parte dos jogadores a resolução de um problema que é ganhar o jogo,para isso existe o ciclo de resolução de problemas,que envolve os seguintes passo:
A).Identificação do problema: Um jogo de Tranca ..

B).Definição do problema: Como fazer para ganhar o jogo do adversário.

C).Formulação da estratégia: Verificar qual é a estratégia que o adversário usa,e tentar montar uma tranca

D).Organização: O jogador organiza as informações que tem,tanto sobre o jogo ,quanto sobre o adversário.

E). Alocação de recursos: Neste caso recursos mentais de como ganhar a partida.

F).Monitorização: A cada rodada,o jogador faz um levantamento se sua estratégia está funcionando ou se é preciso mudar .

G). Avaliação:E quando vencer,avaliar se o jogo foi um jogo fácil de vencer ou não.

O jogo de tranca envolve ainda uma função cognitiva ,ainda que instintual,que é a Emoção.Podemos observar no decorrer do jogo,a reação corporal,frente a expectativa de que a estratégia usada beneficiará ou não o jogador,expressão facial,é notável,assim como a tendência de ação

    Emoção: respostas imediatas a eventos ambientais; condição complexa que surge em resposta a determinadas experiências de caráter afetivo.
        Estado afetivo (experiência subjetiva)
         Reação corporal (respostas corporais internas)
         Cognição sobre a emoção e situações associadas (idéias e crenças)
         Expressão facial
         Reações à emoção
         Tendência de ação


       Memória: A memória de trabalho é usada neste jogo,pois conforme definição de Ivan Izquierdo,”memória é a aquisição,a formação,a conservação e a evocação de informações.”
     Um tipo de memória usada nesse jogo é a memória procedural,que é a memória de procedimentos.Existem as regras do jogo,mas cada jogador tem a sua maneira de jogar,É aquilo que chamamos o “jeito de cada um.”E como ele aprendeu ,e que ganhou a primeira vez,é assim que vai jogar sempre.


Raciocínio:Processo cognitivo no qual a pessoa pode inferir uma conclusão,ou seja,o jogador antes de começar a jogar raciocinar para ver as possibilidades de vitória.

Raciocínio indutivo:o jogador através de várias observações e fatos que ocorrem em cada partida,infere se será vencedor ou não.

Inteligência: Todo jogador é dotado de uma inteligência fluida,aprender a jogar requer além de muita atenção,uma disposição cognitiva que outras pessoas não costumam ter.Inteligência é a faculdade de julgamento,também chamado de bom senso,prático e iniciativa,capacidade de adaptar-se.

Atenção e consciência:Atenção dividida,pois o jogador necessita estar atento em várias coisas ao mesmo tempo.
Atenção:são processos mentais que regem a forma como a informação entra em nossa mente.

Tomada de decisão: A teoria da utilidade subjetiva,faz parte da análise do jogo de tranca,porque existem pessoas que sentem essa necessidade de jogar,da competição da disputa,outros já não tem essa pré-disposição.

Vieses:Os viesses são formas como resolvemos nossas questão frente ao mundo.No caso,aqui exemplificado,o viés da representatividade,pois,o jogador por já ter usado uma estratégia que o levou a vitória,a usa novamente,achando que será igual a vez anterior.
Falácia do jogador: Sempre pensa na sorte ,não pensa em usar o raciocínio para fazer sua estratégia.

    Heurística é uma solução de problemas,.As vezes,tomamos o caminho mais curto e nem sempre é aquele que irá nos levar ao sucesso almejado.

      Análise de meios e fins: O jogador analisa a partida do jogo,considerando a vitória,que é o objetivo a ser buscado,e então tenta diminuir a distância entre a posição atual e o objetivo final.









REFERÊNCIA  BIBLIOGRÁFICA


STERNBERG,J.R  (2000) Psicologia Cognitiva – Porto Alegre - Artmed                      ( pp.306- 317) (pp. 340-349)

IZQUIERDO.I.(2002) Memória – Porto Alegre – Artmed  
( pp.9-11)  ( pp. 19-24)

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Bullying-O que é? Qual a consequência? Como saber se seu filho sofre Bullying?


NOME DO TESTE: TESTE DE BULLYUNG PARA ADOLESCENTES
1. ANÁLISE TEÓRICA
1.1 Definição
O termo bullying foi referido pela primeira vez pelo professor da Universidade Berges Noruega, Dan Olweus (1978) que ao estudar sobre as tendências suicidas entre jovens, concluiu que a maior parte destes adolescentes tinha sofrido algum tipo de ameaça ou exclusão no contesto escolar. Utilizando então o termo bullying, onde se referia aos ataques de crianças mais fortes as mais fracas.
O Bullying é conceituado como uma variedade de comportamentos de maus tratos adotados conscientemente por um ou mais indivíduos em relação a outro, podendo ser de caráter físico e/ou psicológico, caracterizado pela sua repetitividade (Fante, 2005; Martins 2005) e desequilíbrio de poder, onde a vitima geralmente é de estatura, força física ou habilidades de defesa menor que o agressor que sabe que por medo de maiores represálias, a vitima não o denunciara, por isso é transformado em alvo ou um bode expiatório (Ortega, 2002, P.201).
Apesar de ser um fenômeno ressente, o bullying é um problema que atinge o mundo todo, sendo encontrado em toda e qualquer escola (ensino fundamental, médio, superior, escola publica ou particular, rural ou urbana).
Já no Brasil, opta-se por não traduzir o termo bulying devido à inexistência de um termo correspondente direto, aqui existe muito desconhecimento sobre o fenômeno bullying, devido a isto muitos episódios de bullying podem passar despercebido pelos professores (Orpinas e Horne, 2006). Sendo esta falta de conhecimento, um reforço positivo por parte dos professores, para comportamentos de exclusão, onde muitas vezes os professores desconhecem este fenômeno e por isso podem acabar reforçando o mesmo, rotulando seus alunos com apelidos pejorativos ou reações agressivas inadequadas frente ao comportamento indisciplinado dos alunos, retroalimentando ao ciclo vivido da agressividade.
Estudos relacionados são de suma importância, pois nos ajudam a conhecer a característica que influenciam ou são influenciadas pela vitimização entre pares bullying, tanto individuais como grupais, bem como fenômenos da nossa cultura.
Segundo Lopes Neto (2005), fatores econômicos, sociais e culturais, bem como aspectos de temperamento e influencias de amigos a familiares constitui em risco para o envolvimento no bullying.
Nota-se, também, que os episódios de bullying são em sua maioria, no contexto escolar e que podem surgir também no trabalho, prisões, asilos de idosos, clubes e parques, entre vizinhos e outros.
Em 2002 e 2003, a Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção a Infância a Adolescência (ABRAPIA), sob a coordenação do medico Aramis Neto, desenvolveu p programa de redução do comportamento agressivo entre os estudantes, onde se fazia a investigação das características de bullying entre 5.500 alunos de quinta a oitava serie do ensino fundamental do Rio de Janeiro.
Assim sendo, constatou-se que 40,5% estavam diretamente envolvidos em atos de bullying, sendo que 60,2% dos alunos afirmaram que o bullying ocorria mais freqüentemente dentro das salas de aula (Lopes Neto, 2005).
Em geral as vitimas de bullying, ficam amedrontadas e com baixa autoestima, podendo apresentar baixa desempenho escolar, déficit de concentração e aprendizagem, estudos mostram que crianças que sofrem bullying desenvolvem medo, pânico, depressão e distúrbios psicossomáticos. Com freqüência resistem ou recusam-se a freqüentar a escola, chegando a trocar de colégio, podendo desenvolver fobia escolar e social, inclusive abandonar efetivamente os estudos, as vitimas podem isolar-se socialmente chegando a alguns casos a cometer suicídio (Lopes Neto E Saavedra 2003).
1.2 Análise de Juízes
As perguntas pertinentes foram entregues a dois juízes, sendo estes dois Professores da Faculdade Dom Bosco, os quais avaliaram a validade de face do teste, e neste sentido, ocorreu uma modificação quanto à ordem das perguntas. Ficando da seguinte forma: as perguntas deveriam ficar em uma seqüência de “social” em seguida “emocional”, partindo do principio que primeiramente se está engajado no social para sofre as agressões e só então há modificação no psiquismo, podendo haver alteração ou não. Assim sendo esta foi a única alteração efetuada diante das perguntas.  Quem eram os juízes?
1.3 Análise Semântica
Os participantes nesta fase avaliaram se as perguntas em questão estavam de acordo, ou seja, ver se as mesmas estão em linguagem e acordo de entendimento. Segundo a avaliação dos participantes não houve alteração, onde os mesmo concluíram que as perguntas estavam a nível de entendimento. (frase confusa, vocês devem reformular).

2. ANÁLISE EMPIRICA
A avaliação objetiva dos testes psicológicos inclui, em geral, a determinação de sua validade e de sua precisão em situações especifica.
2.1 Validade
 Segundo Pasquali (2001), costuma-se definir a validade de um teste dizendo que é valido se de fato mede o que supostamente deve medir (p, 112). A validade é a questão mais importante a ser proposta com relação a qualquer teste psicológico, uma vez que, apresenta uma verificação direta do teste em satisfazer sua função.
As perguntas em questão visam avaliar a freqüência que adolescentes sofrem o Bullying e qual a conseqüência que isso causa em suas vidas. As perguntas foram divididas em dois momentos, sendo o social (que visa a relações sociais que o indivíduo tem, antes e depois das agressões) e o emocional (que tem bor objetivo, compreender as conseqüências psicológicas que as agressões podem causar e como o indivíduo se sente com esta situação).
Para construir este teste escolhemos a validade do conteúdo que procura verificar se a prova é consistida por uma amostra aceitável de situação, que permitem a observação de comportamentos, dos quais se pretendem extrair conclusões, ou seja, examina o conteúdo do construto, incluindo sua definição operacional e suas variáveis. (Pessoal, aqui vocês devem citar qual a validade que vocês usaram para avaliar o teste. Vocês no último parágrafo não falaram nada com nada. Procurem nos textos o definição da validade por vocês escolhida).
2.2 Fidedignidade
 Pasquali (2001) considera que o conceito de precisão ou fidedignidade se refere ao quanto o escore obtido no teste se aproxima do escore verdadeiro do sujeito num traço qualquer. O termo precisão, quando usado em psicometria, sempre significa estabilidade ou consistência. Precisão do teste é a consistência dos resultados obtidos pelo mesmo indivíduo, quando retestado com o mesmo teste, ou com uma forma equivalente. Antes de um teste psicológico ser apresentado para o uso geral, é preciso realizar uma verificação completa e objetiva de sua precisão. (Aqui vocês devem citar qual o método de fidedignidade que vocês usarão. Nesta última frase os conceitos estão errados).
2.3. Padronização
 Num sentido geral, a padronização se refere à necessária uniformidade em todos os procedimentos no uso de um teste válido e preciso (PASQUALI, 2001). A padronização implica em uniformidade do processo de avaliação do teste. Se vamos comparar os resultados obtidos por diferentes indivíduos, as condições de aplicação devem ser evidentemente, iguais para todos. Padronização = uniformidade na aplicação dos testes.
Passando para fase de aplicação, onde entregamos aos participantes a folha com o questionário, desta forma os mesmos foram disponibilizados com cantes para assim responder as perguntas. (Reformular. Tem tempo de aplicação? É individual?)
2.4. Normatização
 Normatização = uniformidade na interpretação dos escores dos testes. A correção foi feita em forma de porcentagem, ou seja, em relação às perguntas como as pessoas e qual a quantidade delas são afetadas. Esta avaliação foi feita em cima das quatorze perguntas. (Mas como se Interpreta o teste, meninas?)


RESULTADO DA PESQUISA DE CAMPO
(O que vocês querem dizer com este tópico? Eu não pedi este item)
Em nossa pesquisa de campo, foram entrevistados 15 alunos do ensino fundamental, e 15 alunos do Ensino médio de um Colégio Estadual da Cidade de Curitiba, no Estado do Paraná, que enfrentavam dificuldades no aprendizado com notas muito abaixo da média. Obtivemos esses resultados a seguir:
1. Evito sair em publico com medo de sofrer a humilhação pelo jeito que uso minhas roupas.
  Disc ( ) 2. Dic Par ( ) 3.Con ( ) 4. Con Parc ( )
Na amostra, 30% dos entrevistados nessa questão, marcaram a alternativa 3-concordo, 20% marcaram a alternativa 4- concordo parcialmente, 10% marcaram a alternativa 2-discordo parcialmente,e o restante marcaram a alternativa 1- discordo,ou seja, não evita sair em público por medo de sofrer humilhação.
2. Evito lugares movimentados, pois temos que reparem em meu corpo (caçoem).
 Disc ( ) 2. Dic Par ( ) 3.Con ( ) 4. Con Parc ( )
Na amostra acima, 50% dos entrevistados marcaram a alternativa 3-concordo, 30% marcaram a alternativa 4- concordo parcialmente, 15% dos entrevistados marcaram a alternativa 2-discordo parcialmente,e 5% marcaram a alternativa 1- discordo.
3. Sinto-me humilhado quando tiram sarro de mim.
 Disc ( ) 2. Dic Par ( ) 3.Con ( ) 4. Con Parc ( )
Nessa questão 70% dos entrevistados marcaram a alternativa 3-concordo,20% marcaram a alternativa 4-concordo parcialmente, e apenas 10% marcaram a alternativa 2 –discordo parcialmente,e não tivemos ninguém que discordasse dessa questão.
4. Sinto minha autoestima afetada perante a agressão verbal.
 Disc ( ) 2. Dic Par ( ) 3.Con ( ) 4. Con Parc ( )
Na amostra coletada pela nossa equipe, houve 40% dos alunos marcaram a alternativa 3-Concordo, 20% disseram concordar parcialmente, 20 % marcaram a alternativa 2,e 20% marcaram a alternativa 1-
5. Após a agressão sinto que não consigo me concentrar em outras atividades.
 Disc ( ) 2. Dic Par ( ) 3.Con ( ) 4. Con Parc ( )
Nessa questão 60% dos alunos, tanto do ensino médio, quanto do ensino fundamental, relataram dificuldades em concentração em outras atividades, 20% marcaram a alternativa 4-concordo parcialmente, 20% marcaram a alternativa 2- discordo parcialmente.
6.Sinto dificuldade em me relacionar e fazer amizades.
 Disc ( ) 2. Dic Par ( ) 3.Con ( ) 4. Con Parc ( )
Nessa amostra, 80% dos entrevistados marcaram a alternativa 3,e 20% a alternativa 4.
7. Isolo-me após sofrer (chacota, tiração de sarro, exposição).
 Disc ( ) 2. Dic Par ( ) 3.Con ( ) 4. Con Parc ( )
Nesse quesito, 60% marcaram a alternativa 3,30 % marcaram a alternativa 4,e 10% dos entrevistados não responderam
8. Sinto-me constrangido de falar com minha família, sobre as agressões verbais ocorridas.
 Disc ( ) 2. Dic Par ( ) 3.Con ( ) 4. Con Parc ( )
Na amostra, 70% não falam sobre isso com a família e 30% assinalaram a alternativa 4-Concordo parcialmente.
9. Sinto-me inferiorizado em relação às outras pessoas.
 Disc ( ) 2. Dic Par ( ) 3.Con ( ) 4. Con Parc ( )
Nossa equipe coletou nessa pesquisa que 40 % dos entrevistados sentem-se inferiorizados, alternativa 3,30 % assinalam a alternativa 4, 20% marcaram a alternativa 2,e dez alunos não responderam.
10. Sou caçoado com freqüência na escola.
 Disc ( ) 2. Dic Par ( ) 3.Con ( ) 4. Con Parc ( )
Nessa questão 80% dos alunos entrevistados, marcaram a alternativa 3,e 20% marcaram a alternativa 4.
11. Sinto-me incapaz de me defender de agressões ( verbais, fisicas..).
  Disc ( ) 2. Dic Par ( ) 3.Con ( ) 4. Con Parc ( )
Nessa questão 50% marcaram a alternativa 3,20% marcaram alternativa 4-concordo parcialmente, 20% marcaram a alternativa 2,e 10% marcaram a alternativa 1.
12. Neste ano tive vontade de parar de estudar.
 Disc ( ) 2. Dic Par ( ) 3.Con ( ) 4. Con Parc ( )
Quase a totalidade dos entrevistados, 80% marcaram a alternativa 3,os outros 20% não responderam.
13.Quando humilhado penso em vingança.
 Disc ( ) 2. Dic Par ( ) 3.Con ( ) 4. Con Parc ( )
Nessa questão, obtivemos que 60%assinalaram a alternativa 3,30% dos entrevistados marcaram a alternativa 4,e 10% não responderam.
14. Já usei de vingança.
Disc ( ) 2. Dic Par ( ) 3.Con ( ) 4. Con Parc ( )
Essa questão teve 80% dos entrevistados marcaram a alternativa 1-discordo, e os outros 10 % assinalaram a alternativa 3,os outros 10%,não quiseram responder essa questão.

9- APÊNDICE.
APÊNDICE 1 - QUESTIONÁRIO

9.1 PERGUNTAS RELACIONADAS AO BULLYNG.
Marque os acontecimentos ocorridos nos últimos seis meses.
Enumere de acordo com a tabela.
Discordo, discordo parcialmente, concordo, concordo parcialmente.
1. Evito sair em publico com medo de sofrer a humilhação pelo jeito que uso    minhas roupas.
1.Disc ( ) 2. Dic Par ( ) 3.Con ( ) 4. Con Parc ( )
2. Evito lugares movimentados, pois temos que reparem em meu corpo (caçoem).
1.Disc ( ) 2. Dic Par ( ) 3.Con ( ) 4. Con Parc ( )
3. Sinto-me humilhado quando tiram sarro de mim.
1.Disc ( ) 2. Dic Par ( ) 3.Con ( ) 4. Con Parc ( )
4. Sinto minha autoestima afetada perante a agressão verbal.
1.Disc ( ) 2. Dic Par ( ) 3.Con ( ) 4. Con Parc ( )
5. Após a agressão sinto que não consigo me concentrar em outras atividades.
1.Disc ( ) 2. Dic Par ( ) 3.Con ( ) 4. Con Parc ( )
6.Sinto dificuldde em me relacionar e fazer amizades.
1.Disc ( ) 2. Dic Par ( ) 3.Con ( ) 4. Con Parc ( )
7. Isolo-me após sofrer (chacota, tiração de sarro, exposição).
1.Disc ( ) 2. Dic Par ( ) 3.Con ( ) 4. Con Parc ( )
8. Me sinto constrangido de falar com minha família, sobre as agressões   verbais ocorridas.
1.Disc ( ) 2. Dic Par ( ) 3.Con ( ) 4. Con Parc ( )
9. Sinto-me inferiorizado em relação as outras pessoas.
1.Disc ( ) 2. Dic Par ( ) 3.Con ( ) 4. Con Parc ( )
10. Sou caçoado com frequencia na escola.
1.Disc ( ) 2. Dic Par ( ) 3.Con ( ) 4. Con Parc ( )
11. Sinto-me incapaz de me defender de agressões ( verbais, fisicas..).
1.Disc ( ) 2. Dic Par ( ) 3.Con ( ) 4. Con Parc ( )
12. Neste ano tive vontade de parar de estudar.
1.Disc ( ) 2. Dic Par ( ) 3.Con ( ) 4. Con Parc ( )
13.Quando humilhado penso em vingança.
1.Disc ( ) 2. Dic Par ( ) 3.Con ( ) 4. Con Parc ( )
14. Ja usei de vingança.
1.Disc ( ) 2. Dic Par ( ) 3.Con ( ) 4. Con Parc ( )

terça-feira, 19 de junho de 2012

Neurociências-océrebro


NEUROCIÊNCIAS-

Neurociências  segundo  a Resolução CPF 02\2004 do Conselho Federal de Psicologia(2004),é uma ciência que propõe novos métodos para investigar o papel dos sistemas cerebrais individuais ,em formas complexas de atividade mental.
Neurociências é a área do conhecimento que analisa o Sistema Nervoso ,para entender as bases biológicas do comportamento.
Neuropsicologia se dedica a estudar a expressão comportamental das disfunções cerebrais.Cujo objetivo específico  é a investigação do papel dos sistemas cerebrais individuais nas formas mais complexas da atividade mental.(Luria,1984)
Neurociências é uma área do conhecimento,relativamente nova,pois o estudo do cérebro remonta  os  anos 4.000a.C ,quando os povos pré-históricos praticavam a trepanação para entender e até mesmo intervir no Sistema Nervoso,tendo muitas vezes um cunho religioso,pois acreditavam que o cérebro perturbador era moradia de espíritos maus,mas também terapêutico ,como veremos adiante.
A história mostra que os egípcios ,através das mumificações dos Faraós,por acreitarem na eternidade da alma,que depois retornaria ao corpo,tinham um amplo conhecimento neuroanatômico.Nos escritos de Edwin Smith ,3.000 a.C,foram encontrados relatos clínicos em um papiro que reforçava a ideia da relação cérebro \comportamento,por ex. estudava a perda da consciência,alterações  na personalidade e na linguagem eamnésia,esses casos clínicos foram escritos minuciosamente.
Almaeon de Crotona(500a.C) também partilhava a ideia de que o cérebro seria responsável pelas sensações e pelos pensamentos,formulando a hipótese deque a vida mental estaria vinculada ás atividades cerebrais.Propôs ainda que havia uma localização específica no nosso cérebro para cada sensação .Nascia,então a teoria localizacionista e unitarista.
Hipócrates(460ª.C a 400 a.C) e Galeno (130 a.C a 200a.C)em suas observações clínicos,descobriram que lesões cerebrais alteram a personalidade e o raciocínio.No final da Idade Média Alberthus Magnun (1200 a 1280 a.C) formulou a teoria em que havia três ventrículos,cada um responsável por uma função ,sendo que o primeiro ventrículo era responsável pelas sensações,o segundo ventrículo responsável pela razão e o pensamento e o terceiro ventrículo pela memória,essa teoria era aceita pela Igreja Católica.
Na Idade Moderna Andreas Versalius (1514 a 1564)anatomista belga derrubou a teoria ventricular ,provando que homens e primatas anatomicamente eram praticamente iguais,não podendo a alma residir nestas estruturas.
René Descartes (1596 a 1650)anatomista francês elaborou o dualismo cartesiano:mente\corpo.Para ele a mente unificada,conectada a uma estrutura cerebral-a glândula pineal,que exerciam sobre os comportamentos reflexos controle e os telencéfalos  seria uma estrutura de proteção desta glândula.
Apenas no século XlX ,com o advento da ciência moderna pode-se afirmar um desenvolvimento mais acurado das relações cérebro \comportamento,com os estudos de Franz J. Gall e John Gaspar Spurzhein (1776 a 1832) afirmando que o cérebro era organizado em 35 regiões.Uma nova questão acaba de ser levantada,segundo Conzenza(2008,pg 17) :
“Tendo o cérebro se consolidado como órgão responsável pelosprocessos mentais epelo comportamento,surgiu o problema de saber se essas funções poderiam ser decorrentes do funcionamento de diferentes áreas de sua anatomia.”
Surge então o localizacionismo e o holismo.
Os localizacionistas defendiam que o cérebro dividido em 35 regiões  e que os comportamentos localizavam-se nessas regiões.Gal e Sperzheir segundo Gazaniga(2006)essas áreas eram responsáveis por funções cognitivas básicas,como a linguagem,percepção,inteligência até as mais abstratas.Essa teoria ficou conhecida como Frenologia,sendo rejeitada mais tarde pela comunidade científica ,por se provar através de experiências laboratoriais que o cérebro funcionava em conjunto.
No início do século XX,Walter Hess (1881-1973) cogitou a hipótese que o cérebro  funcionava em uma complexa atividade de organização cerebral.O neurologista britânico Hughlings Jackson(1835-1911) enfatizou que o sistema nervos tinha uma base anatômica e fisiológica organizada hierarquicamente para a localização das funções cerebrais.Esses pressupostos foram base para a teoria dos Sistemas Funcionais de Luria e Vigostsky.
O desenvolvimento da Neuropsicologia se deu principalmente pelos estudos em pacientes com cérebros lesados.Após as duas grandes guerras mundiais é que as neurociências obteve seu avanço científico através de estudos em soldados mutilados.Com base nos estudos de Jackson ,Aleksander Lúria(1902-1977)-neuropsicólogo soviético ,propôs uma espécie de apaziguamento entre as duas correntes filosóficas existentes,a localizacionista e a holistas,criando a Teoria dos Sistemas Funcionais,Lúria explica ,que funções mais básicas poderiam ser localizadas,mas os processos mentais superiores geralmente envolve sistemas que atuam em conjunto ,embora a vezes se situem em regiões distintas e distantes do cérebro.Segundo essa teoria os sistemas funcionais dividem-se em três blocos ou unidades funcionais:no tronco encefálico, na formação reticular e em algumas áreas do Sistema Límbico estaria as funções de tônus cortical e de vigília;no segundo bloco ,teria a função de receber,armazenar e processar as informações que chegam do mundo externo,e situaria nas regiões posteriores do sulco central;o terceiro bloco situaria antes do sulco central e tem a função de regulação e verificação das estratégias comportamentais e a própria atividade mental.
A prática das neurociências pode ocorrer em clínicas especializadas,onde ocorre uma avaliação e caso constate o transtorno ,uma reabilitação.Existe um interação multidisciplinar entre o neuropsicólogo e a equipe médica,terapeuta ocupacional,fisioterapeuta,fonoaudióloga, pedagogo,Assistente social,psicopedago,e educador  físico,para que haja uma torça de pareceres para a melhor reabilitação do paciente.
Objeto de estudo: Arelação do cérebro e o comportamento.
Pressuposto que embasam essa teoria .
Dualismo: é uma visão filosófica baseada em que dois princípios ou substâncias (Cérebro,comportamento)opostos e inconciliáveis e incapazes de fazer uma síntese entre si ou de uma reciprocidade.Como vimos,anteriormente desde Almaeon de Crotona(500 a.C) até Aleksander Luria o cérebro e o comportamento são duas incógnitas,que a Neurociência tenta explicar.
Mecanicismo: Nas ciências humanas,refere-se as teorias que afirmam que todos os fenômenos que se manifestam(comportamentos)nos seres vivos são mecanicamente determinados( os sistema funcionais,região do cérebro) e ,sempre de natureza físico-químico.Ou seja,Neurociência é mecanicista,pois explica os comportamentos a partir de regiões cerebrais,e sistemas funcionais,que trabalhando em conjunto tem como produto determinado comportamento.

realidades não subordináveis e irredutíveis entre si.
Em biologia, mecanicismo refere-se às teorias que afirmam que todos os fenômenos que se manifestam nos seres vivos são mecanicamente determinados e, em última análise, essencialmente de natureza físico-química.

Referencias bibliog´raficas

Epistemologia
O sujeito cerebral
Francisco Ortega e Benilton Bezerra Jr. são professores do Instituto de Medicina Social da UERJ e organizadores, junto com o Instituto Max Planck de História das Ciências de Berlim, do congresso "Neurociências e Sociedade Contemporânea".
TEMA: Fundamentos de Neuropsicologia
DOCENTE: Eugenio Pereira de Paula Jr. (Psicólogo/mestre em educação)

Paulo Henrique Azevedo Grande
Desenvolvimento Histórico da Neuropsicologia: Aspectos Gerais

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Revisões das edições do manual das doenças mentais Cap.12 Referências: Zahar. J. OS FUNDAMENTOS DA CLINICA.cap12, Navarin Editeur.Paris.França


Em 1883,o Compêndio de Psiquiatria, com 380 páginas surgiu como um pequeno manual, mas no decorrer de 30 anos vários acréscimos teriam dado a esse manual 2.500 páginas, colocando em ordem o campo das doenças mentais.
A princípio ,Kraepelin tinha uma posição bem próxima de Ziehen, quanto a classificação das doenças mentais, distinguindo os estados depressivos, estados crepusculares estados de excitação , Psicose periódica, delírio sistematizado, demência paralítica, e estados de fraqueza psíquica.
Sendo aluno de Wundt, Kraepelin  estava convencido como Pinel que a investigação psicológica era indispensável podendo fornecer instrumentos valiosos a análise clínica.
Na segunda edição(1887) registrou várias e grandes modificações: Melancolia, Mania, delírio, estados de esgotamentos agudo, Wahnsin, loucuras periódicas e circular, delírio sistematizado, neuroses gerais, intoxicações crônicas, demência paralítica, estados de enfraquecimento, estados de enfraquecimento secundário, Suspensão do desenvolvimento psíquico.
A preocupação com o detalhamento  e precisão dessa nova classificação merece nossa observação, a inclusão das obsessões  na loucura neurastênica e a separação entre as psicoses delirantes agudas( Wahnsinn) e as crônicas ( Verrücktheit) de acordo com as ideias e terminologia de Krafft-Ebing. Na terceira edição acrescentou apenas a troca de confusão alucinatória para o delírio agudo e a catatonia, passou a ser de acordo com as ideias de Schule.
Na quarta edição a mudança fundamental foi as paranoias e as neuroses gerais gerando uma nova classe: os processos  psíquicos degenerativos, que eram de três formas: Dementia  praecox, Catatonia, Dementia paranoides. Os enfraquecimentos psíquicos desaparecem da classificação sendo incluídos no novo grupo.
Krafft-Ebing, tinha como critério nosológico três parâmetros:a anátomo-patologia, a etiologia e a clínica como último recurso,assim como Kraepelin, que modificou apenas  a concepção declínica, apoiando-se em Falret.
A quinta edição (1896), propôs um plano geral que serve de base para todas as outras edições: Doenças mentais adquiridas, Intoxicações, Doença de nutrição , loucuras das lesões do cérebro, loucuras  involutivas, doenças mentais constitucionais, neuroses gerais, estados psicopáticos e suspensão do desenvolvimento psíquico.
Algumas observações nessa etapa de construção do manual, merecem  destaques: as psiconeuroses  desapareceram da classificação, mas foram distribuídas em outros quadros como a psicose-maníaco-depressivo, a paranóia e os processos demenciais, e estados confusionais  toxi-infecciosos ou  de esgotamento. A loucura obsedante, nas degenerescências constitucionais, a neurastenia  desapareceu do grupo  das neurose, entrando a neurose do susto, assemelhando-se a histeria de Charcot. A paranóia dividiu-se em  formas combinatórias (interpretativas) e formas fantasiosas (alucinatórias),houve  essa divisão por conta do olhar clínico de Kraepelin, gerando as  demências vesânicas secundárias (neoçogismos, autismos, desagregação e transformação da personalidade, o delírio crônico de Magnan).
A sexta edição, edição que foi seguida pelo mundo, sendo rejeitada em partes pela escola francesa de psiquiatria ,formulou um plano geral, que seria : loucuras infecciosas , loucuras de esgotamento, intoxicações, loucuras  tireogêncicas, demência precoce, demência paralítica, loucuras das lesões cerebrais, loucuras de involução, loucura maníaco-depressiva, paranóia , neuroses gerais, estados psicopáticos, suspensão do desenvolvimento psíquico.Kraepelin constrastou  as doenças mentais adquiridas de origem exógenas, com as de origem endógenas. Ktaepelin está entre os dois grandes grupos de autores , Morel e Baillarger, por causa do aspecto sistemático de seu pensamento, sendo que sua obra tem grande importância na psiquiatria alemã, mas muito dependente das ideias da escola de Illenau e de Krafft-Ebing.
Kraepelin distinguiu três entidades problemáticas em seu sistema: A paranóia  que eram delírios  precedente,que definiu assim: desenvolvimento insidioso, na dependência de causas internas e segundo uma evolução contínua, de um sistema delirante  duradouro e impossível de abalar, que se instaura com uma conservação completa da clareza e da ordem do pensamento na vontade e na ação. A loucura maníaco-depressiva  eram constituídos por três tipos de distúrbios fundamentais: distúrbio do humor, da ideação e da vontade  ,por ex. depressão do humor, lentificação ideativa e inibição psicomotora(mania pura). A demência precoce agrupou-se ao grupo dos processos demenciais, distinguindo –se em alguns pontos: a distinção entre os sintomas fundamentais ( redução afetiva, indiferença e prejuízo consecutivo da vontade,etc) e os sintomas secundários ( alucinações, ideias delirantes, automatismos etc ),foram incluídos também os estados na demência precoce os estados agudo (psico-neuroses)dos autores antigos,Kraepelin percebeu a inteligência, a memória e a orientação ficavam intactas,a afetividade, o julgamento a personalidade eram afetados primária e profundamente;o caráter nuclear da hebefrenia era predominante, e os sintomas acessórios eram móveis, polimorfos e fugazes. Kraepelin extraiu dos delírios crônicos o delírio de prejuízo senil, caracterizado pelo desenvolvimento lento progressivo fr uma fragilidade de julgamento, juntamente com ideias delirantes mutáveis e irritabilidade afetiva. Forneceu a interpretação puramente psicológica da catatonia, na qual a falta primária da iniciativa voluntária e ação simultânea ou alternada de tendências contrárias(associação por contraste) vieram substituir hipóteses neurológicas como as de Kahlbaum.

terça-feira, 1 de maio de 2012

Um dia dessesss....

As vezes o simples ato de caminhar,faz com que a oxigenação do cérebro seja facilitada pelo exercício físico,então as ideias ficam mais claras,e uma decisão mais acertada pode ser tomada.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

O Eu- sujeito






Sabe quando você acorda,e tudo transcorre normal durante o dia,mas ,chega pelo correio,pela internet ou pelo telefone,aquela notícia que vira sua vida de pernas para cima,que você não sabe extamente se aquilo realmente está acontecendo ou se é apenas,um ,mal súbito,talvez ,um mal entendido,ou um engano,ou qualquer outracoisa,menos aquilo.Quem ainda não viveu isso,um dia pode acreditar,vai acontecer,afinal estamos vivos.
No entanto,parece que nunca estamos preparados para esse momento,quando este momento chega,o frio na barriga,o suor no rosto, mãos geladas e o palpitar rápido do coração são inevitáveis.A insegurança e a solidão chegam,e fazem com que você não saiba exatamente quem é,o que faz aqui,e o que vai ser.
Eu tive essa experiência dias atrás.Pensei que não iria sobreviver...
Fiquei lembrando da minha vida,sempre trabalhei,estudei,fiz coisas que não gostava para agradar pessoas que pra mim,eram queridas,de repente tudo isso,não tinha o menor valor...me senti perdida,tudo que tinha aprendido na vida,parecia não ter o menor sentido...
Mas o que fazer???? Eu tinha aprendido,nunca mentir,nem tentar fazer alguma coisa para levar vantagem sobre alguém era errado.Ainda bem,porque o caráter que foi formado em mim,na primeira infância venceu.E eu consegui fazer a coisa certa.
Falo isso,porque é importante que os valores e as crenças,e o que deve e o não deve ser, logo nos primeiros anos de vida,porque segundo todas as teorias psicológicas que eu já estudei,é nessa fase que se molda o caráter de um ser humano.Embora a Psicologia genética,afirma que somos predispostos a alguns comportamento, ainda que o ambiente,não contribua,somos impulsionados pelos genes transmitidos por nossos pais,para nos comportarmos daquela ou desta maneira,mas ainda assim existe o poder de decisão,o eu,o sujeito,aquele ser que nenhum aparelho de neuroimagem é capaz de detectar,é ele que decide.Pense nisso: O que você ensinar para uma criança até a primeira infância,é isso que irá fazer com que ela seja quem será.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

O suicidio e o luto das famílias de suicidas


PROBLEMA: COMO ACONTECE O LUTO NAS FAMÍLIAS DE SUICIDAS.
INTRODUÇÃO:
Vivenciar o luto, não é uma das tarefas mais fácies que o ser humano  enfrenta aleatoriamente. O luto não é apenas um sentimento mais uma série de sentimentos característicos e que levam certo tempo para passar, além de não se poder apressá-los.. Quando se perde um ente querido em mortes naturais, quer por acidentes ou por doenças, a dor e a saudade  são vivenciadas de uma maneira, no entanto, quando alguém tira a própria vida, muitas perguntas ficam sem respostas ,a dor da perda  em uma das mortes mais enigmáticas, é muito maior que a saudade e dura por toda uma vida. As perguntas e a culpa são sentimentos constante, pois não  há uma explicação lógica ou pelo menos aceita pelas famílias , mesmo quando o suicida deixa  bilhetes ou  uma carta explicando seus motivos. A vergonha , o sentimento de culpa que a família sente , é a causa do silêncio de muitos deles.  É um tema rodeado de mitos, restrições e reservas por parte das famílias .Entender o suicídio, ou por que pessoas dão fim a própria existência é uma questão de muitos estudos. Alguns autores falam sobre a existência de um gene da agressividade em alguns indivíduos com transtorno de personalidade do grupo B, outros explicam a cisão do eu, o  falso si- mesmo, em uma visão psicanalista Winicottina, e outros ainda, sobre uma pré- disposição genética. A verdade é que  a ideação desse ato ocorre em determinados momentos da vida, correspondendo-se com pensamentos depressivos e de solidão. Partindo desse aspecto, o presente trabalho por meio de uma análise bibliográfica, pretende analisar fatores envolvidos  no processo de luto das famílias de suicidas, que muitas vezes se percebe estigmatizada e até mesmo rejeitada por amigos e pela sociedade reforçando a necessidade de uma busca profissional para as mesmas, para ajuda-los na elaboração do luto. E também reflexões sobre o papel importante do psicólogo diante da realidade do suicídio, em dois momentos, tanto quando ao atendimento de um possível suicida, como quando em atendimento as famílias e amigos que procuram sua ajuda.



REVISÃO DE  LITERATURA



 A palavra suicídio foi utilizada pela primeira vez por Desfontaines , em 1737 e significa morte intencional auto-inflingida, ou seja, quando a pessoa, por desejo de escapar de uma situação de grande sofrimento,  tanto psíquico ou até mesmo físico, decide tirar a própria vida. Significa  etimologicamente sui= si mesmo; caedes =ação de matar, ou seja, matar a si mesmo. A morte não é algo muito pensado e traz muito sofrimento ao homem, pois a felicidade constantemente pregada hoje é considerada a única fonte de onde ele conseguirá  subsídios para viver plenamente. Então, ideias como angústia, a tristeza e o luto são inconcebíveis, por não estarem em harmonia com os anseios do momento. Podemos dizer que do direito à saúde e à alegria passamos à quase obrigação
de sermos felizes. Na atualidade a tristeza é vista como deformidade, um defeito moral, uma patologia que exige a intervenção médica ou psicológica (SILVESTRE, apud KEHL, 2009).
 A desistência da vida, implica em uma série de fatores dentre eles os sociológicos, os econômicos, os históricos e os psicológicos. A família sempre trata com muito cuidado ,reserva e até mesmo nega em falar sobre o assunto. A essência de um ato suicida é a intencionalidade, aspecto que vem carregado de reforços, papéis e situações que fazem a pessoa preferir a morte, desistindo da vida.
A família tenta explicar  o ato suicida como decorrente de algum problema psicológico, social que justifique essa ocorrência, ou até mesmo um transtorno mental(depressão, dependência química etc.),mas não apenas os aspectos psicopatológicos mas também relações com seu meio ambiente, família, profissão, e até mesmo a roda de amigos.
Quanto ao  sofrimento enfrentado pela família do suicida, podemos notar alguns comportamentos comuns: a presença do sentimento de culpa, estratégias de enfrentamento, causas possíveis para o ato, vergonha.
A estratégia de enfrentamento adotado pelos familiares, é resultado de suas crenças, normalmente  a busca por uma religião, que talvez, traga sentido, já que as crenças e práticas religiosas podem ser consideradas muito importantes no enfrentamento de situações relacionadas às doenças e a morte. A procura pela religião ocorre quando as pessoas ao enfrentar uma situação de estresse, usam as crenças e comportamentos religiosos para facilitar a resolução dos problemas e prevenir ou aliviar as emoções negativas.
É importante ressaltar que além da religião, o trabalho e a contribuição terapêutica também são estratégias para a superação do suicídio.
Existem ainda, as causas possíveis para o ato suicida, está a doença mental que segundo ABP, 90%, dos casos ,são pessoas diagnosticadas com algum transtorno mental, esse também é o discurso da família quando na hora de explicar os motivos do ato.
 Observa-se ainda, no discurso uma atitude de negação. Algo que não deve ser comentado ou até mesmo pensado, porque isso causa sentimento de vergonha, embaraço ou culpa, sendo distorcido ou ocultado. As pessoas envolvidas não aceitam o suicídio, porque isso causa um certo preconceito por parte da sociedade, então elas preferem ocultar o motivo da morte. Segundo Freud ,(1980): ... “no fundo ninguém crê na própria morte, ou dizendo a mesma coisa de outra maneira, que no inconsciente, cada um de nós está convencido de sua própria imortalidade.” Freud ,em seu texto luto.
O sentimento de culpa quanto ao ato suicida representa para as famílias “a ponta do iceberg”, pois existe uma grande dificuldade na crença das motivações e atitudes, que não podem ser explicadas pelo racional, e nas quais existe uma vertente inconsciente, que pode vir à tona após a morte do suicida. Tal vertente vai contra o raciocínio lógico que impulsiona os familiares a procurar as justificativas do suicídio, e geralmente são julgadas insuficientes...
Como podemos observar na fala da mãe de G:
Brigamos algumas vezes, mas não consigo entender o porquê dessa atitude.

Impotência, dor, vazio e muita culpa, por não termos acreditado no aviso dela.

Sentimos muita tristeza, dor e culpa .


“Para Freud,na melancolia a sombra do objeto cai sobre o ego, fazendo com que o sobrevivente se identifique com o morto, construindo em sua mente um entidade má, raivosa, resultante dos sentimentos negativos. A pessoa passa a sentir-se assim dominada e culpada,”
( art.Análise dos fatores envolvidos no processo de luto das famílias nos casos de suicídio).
Nós últimos anos, diversos estudos tem sugerido que o componente genético é significativo, isso também podemos verificar  na fala das famílias envolvidas,tanto como modo de estratégias de enfrentamento, como discurso propriamente dito. Entretanto, o modo exato através do qual os genes aumentam a predisposição de certos indivíduos a cometer o suicídio é ainda desconhecido. Há evidência crescente de que os fatores genéticos devem influenciar a predisposição ao suicídio via uma modulação dos comportamentos impulsivo e impulsivo-agressivo. No art. O suicídio e sua relação com o comportamento impulsivo-agressivo de Gustavo Tureki,
A relação entre o gene da agressividade com o suicídio,  é bem evidente entre alguns indivíduos que preenchem alguns critérios  diagnósticos para transtornos da personalidade do grupo B, principalmente transtorno da personalidade limite e anti-social, dois quadros caracterizados pela importante presença de traços impulsivos e agressivos. O suicídio é um ato destrutivo como já vimos, complexo, e também determinado pela interação de vários fatores, incluindo a constituição biológica do sujeito, sua história de vida e seu ambiente . Existem diversos estudos que afirmam ainda ,que na maioria dos casos está presente algum tipo de  transtorno psiquiátrico , um dos maiores fatores de risco, sendo que os transtornos depressivos e a dependência ou abuso de álcool e outras substância psicoativas estão presentes em uma escala maior.

De acordo com esse artigo, vários estudos neurobiológicos vem indicando uma certa redução na atividade serotoninérgica associada com o comportamento impulsivo e impulsivo –agressivo, um aumento no córtex pré-frontal de uma ligação entre agonistas serotoninérgicos a receptores pós- sinápticos, principalmente o receptor 2A.Esses são dados biológicos, veremos em seguida a pré-disposição genética e quais característica vindas das famílias do sujeito: a) a presença do transtorno do humor é necessária, mas não suficiente, para a ocorrência de suicídio e b) os fatores que predispõem ao suicídio também tendem a agregar em famílias. Vários estudos de vários autores, avaliaram familiares de pessoas que se suicidaram , através de entrevistas diretas, a presença de suicídio completo e de tentativas e ideação é bem presente na fala, assim como traços de impulsividade e agressividade.

Não estamos aqui discutindo  sobre a questão suicida, apenas sinalizando que não apenas o ambiente ou a genética do sujeito,mas como dissemos no princípio uma somatória de fatores, acabam influenciando o indivíduo a colocar fim a própria existência.

 

 

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

 

Através de uma leitura pela teoria da Psicanálise de Winnicott, o tema é de acentuada preocupação por essa teoria, o suicídio traz a realidade, elementos ocultos que muitas vezes, são expressos de várias maneiras, mas passam despercebido pela família, ou pelos que rodeiam o suicida. Winnicott sempre esteve em constacto  com o tema, mesmo não escrevendo nenhum artigo específico suas citações são encontradas em grande número em seus trabalhos.

O suicídio define-se  por uma vulnerabilidade extrema do paciente, que apresentam sintomas, assim como aqueles cuja a doença está oculta em um manto de aparente normalidade.

Winnicott deixa claro que esse impulso auto-destrutivo pode estar presente, na infância, oculto sob uma inocente esfregação de olhos(Winnicott,1944 a 2000,p.152) ou no brincar angustiado do garoto que desenha um navio , que atacado, naufraga sem esperança, juntamente com seu capitão, na adolescência , na luta incessante de tornar-se real, e ainda quando adulto, a percepção de que suas tentativas de projeção na vida profissional e amorosa ou social tornam-se  frustradas, então sua mente se esvazia, ou fica vazia. Ainda, há o não amadurecimento  do eu, onde ocorre a cisão do ego em verdadeiro e falso-mesmo. O falso si – mesmo ,segundo Winnicott seria uma defesa que o indivíduo cria , ocultando o verdadeiro eu e isso ocorre na primeira infância, no estágio das primeiras relações objetais, quando a mãe não fornece ao bebê o acolhimento devido, não alimenta a onipotência do indivíduo, impondo o mundo ao bebê, podendo estabelecer um padrão de anormalidade.

O falso- eu coloca-se de tal forma, que um analista não muito experiente, pode deixar passar algumas dicas que o  paciente pode dar, tal é a suposta normalidade que se apresenta , é surpreendente que alguns médicos e outros profissionais ligados à prática psicoterapêutica podem se mostrar satisfeitos com essa aparente saúde, construída sobre a base da submissão às pressões do ambiente.

Em alguns casos a única defesa é a ocultação total si mesmo isolado do mundo externo devido a presença falso si-mesmo. Nestes casos os únicos indicadores da existência do si- mesmo verdadeiro é a recusa de alimento, balanceio ritmado do corpo ,aliado a alguns comportamentos  próprios dos primeiros estágios do amadurecimento.


ANÁLISE E RESULTADO
Do ponto de vista psicanalítico , o ato do suicídio confirma tudo o que foi escrito pela literatura e também pelo exposto neste trabalho.
O paciente ao ter de enfrentar situações adversas que o mundo lhe apresenta ,sente-se desprotegido assim como o bebê, na teoria de Winnicott, que a mãe não lhe fornece o acolhimento devido. A falsa normalidade com que esse sujeito se apresenta ao mundo e em sua vida cotidiana , é um dos motivos pelos quais a família e os amigos não percebem a intenção suicida, mas, o olhar atento e experiente de um analista poderá desviar dessa tragédia silenciosa e silenciada.


CONSIDERAÇÕES FINAIS

O suicídio pode ser considerado uma agressão deliberada que o sujeito pratica contra si mesmo, com a intenção de pôr fim a sua vida,e isso envolve vários fatores: genéticos ,subjetivos do indivíduo e sociais. Hoje o homem tem dificuldade em dar um sentido para sua vida, e a subjetividade contemporânea não consegue transformar a dor em sofrimento, isso leva a um isolamento e aprofundamento no abismo da depressão.
A família do sujeito , ainda, não elabora adequadamente o luto, seja, por vergonha, ou pela negação, os familiares mostram sentimentos de culpa.
Diante de tudo o que foi dito e exposto, acredito que aa ajuda terapêutica é extremamente importante. A empatia do psicólogo em relação ao paciente é fundamental ao atendimento às famílias.
Mostro ainda, a necessidade de estudos mais profundos , a fim de uma compreensão mais ampla dos impactos causados aos familiares sobreviventes do suicídio.

   
O suicídio faz com que amigos e familiares se
sintam seus assassinos.
Vincent Van Gog

   Referência Bibliográfica:
Análise dos fatores envolvidos no processo de luto das famílias nos casos de suicídio.
Revista Mineira de Ciências da Saúde. Patos de Minas: UNIPAM, (2):123135, 2010 | ISSN 21762244
Revista Brasileira de Psiquiatria
Ver.Bras. Psiquiatr.vol.21 s 2 São Paulo Oct. 1999
O suicídio e sua relação com o comportamento impulsivo-agressivo –Gustavo Turecki
ávio Del Matto Faria* :Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
Universidade São Judas Tadeu